
Foi iniciada na noite desta segunda-feira (16/6) a mostra competitiva do 31º Festival Guarnicê de Cinema, na cidade de São Luís. Na categoria de curtas em 35 mm, havia uma grande expectativa para a exibição do filme paulista Um Ramo, de Juliana Rojas e Marcos Dutra, premiado e muito elogiado no Festival de Cannes de 2007. Em 15 minutos, os diretores narram a intrigante história de uma mulher comum que, sem motivo aparente, começa a perceber estranhas feridas em sua pele. E que destas feridas nascem não menos estranhas folhas de árvores.
Também de São Paulo, foi exibido o drama Café com Leite, de Daniel Ribeiro. O roteiro mostra um romance interrompido por uma morte em família, levantando questões como dor, decepção e aprendizado humano. Exibido no Festival de Berlim na mostra Generation14plus, cujo júri é formado por jovens, o curta levou o Urso de Cristal - troféu oferecido nessa mostra paralela - de Melhor Curta-Metragem.
O Distrito Federal compareceu nesta primeira noite com o romance urbano Entre Cores e Navalhas, sobre um cabeleireiro que se apaixona por uma cobradora de ônibus, cada um com um segredo para contar (ou para esconder). A direção é de Catarina Accioly e Iberê Camargo. Do Rio de Janeiro, foi apresentada a mistura de ficção, comédia e animação Dógui: O Cão da Globalização, sobre as andanças noturnas de um cão abandonado na capital carioca. A direção é da estreante Julia Martins. E a Bahia foi representada por Paralelo, uma denúncia em forma de drama ficcional sobre o abandono das linhas de trem na região do Pantanal mato-grossense. A direção é de Alexandre Bastos.
Embora o nível dos competidores nesta primeira noite possa ser considerado de bom a ótimo, o público presente no Teatro João do Vale ainda não "esquentou", aplaudindo comedidamente e ainda não lotando o local, como se espera que aconteça nos próximos dias.
Na sessão noturna, fora de competição, foi exibido no Cine Praia Grande o longa-metragem A Via Láctea, de Lina Chamie.