Sensacional filme de Jorge Furtado (Meu Tio Matou Um Cara, O Homem Que Copiava e Houve Uma Vez Dois Verões), que consegue retratar em “um simples” filme toda a complexidade em se fazer cinema no Brasil, um filme que não fala apenas de cinema e sim dos sonhos, da corrupção do sistema gove
rnamental, da pureza das pessoas que lutam por seus direitos, assim é Saneamento Básico.
Na comunidade da Linha Cristal, uma pequena vila de descendentes de colonos italianos na serra gaúcha, reúne-se para tomar providências sobre a construção de uma fossa (ou fosso) para o tratamento do esgoto. Uma comissão é escolhida para pleitear a obra junto à subprefeitura. Após ouvir a reivindicação, a secretária da prefeitura reconhece a legitimidade da solicitação, mas afirma que não dispõe de verbas para obras de saneamento básico até o final do ano. No entanto, a prefeitura tem quase dez mil em verbas para a produção de um vídeo. A verba veio do governo federal e, se não for gasta, terá que ser devolvida. A comunidade decide então fazer um vídeo sobre a obra. A prefeitura apóia a idéia da realização do vídeo e da utilização da verba para a obra, que seria um absurdo devolver, mas esclarece que, para requerer a verba, a comunidade deve apresentar um roteiro e um projeto do vídeo, e que a verba era necessariamente para obras de ficção. Os moradores da Linha Cristal passam então a fazer um vídeo de ficção que, segundo interpretações, é um filme de monstro, ambientado nas obras de construção de uma fossa, com o único objetivo de usar a verba para as obras. O que eles não esperavam é que a produção do vídeo fosse se tornando cada vez mais complexa e interessante.
Com um elenco de grandes atores nacionais como Lázaro Ramos, Fernanda Montenegro, Wagner Moura, Camila Pitanga, Bruno Garcia, Paulo José e Tonico Pereira, o diretor Jorge Furtado consegue de uma maneira divertida mostrar como é difícil fazer com que seus direitos como cidadões sejam cumpridos, o desleixo das autoridades as condições básicas de moradia a população são mostrados na incapacidade (boa vontade) de uma prefeitura em criar uma fossa e como esses mesmos despreocupados governantes se aproveitam para ganhar prestigio posando como criadores do feito após o trabalho duro dos moradores da vila.
A simplicidade dos moradores em criar um filme de “ficção” para conseguir
o dinheiro necessário para a criação da fossa é fascinante, são como ingênuos jovens idealistas querendo fazer arte e mesmo com poucos recursos tanto financeiros como de bagagem cultural conseguem financiadores para o filme (qualquer semelhança com o cinema nacional é mera coincidência) o apelo comercial posto na parte da edição também mostra que o cinema não sobrevive só de ideais e dividir os louros com os mesmos despreocupados do inicio talvez ajude futuramente, pois fica evidente o jogo de interesse após a conclusão do filme.
Cuidado ao assistir, pois as sutilezas das alfinetadas não poupam ninguém, se você se sentir atingido, primeiro ria, depois reflita...

Na comunidade da Linha Cristal, uma pequena vila de descendentes de colonos italianos na serra gaúcha, reúne-se para tomar providências sobre a construção de uma fossa (ou fosso) para o tratamento do esgoto. Uma comissão é escolhida para pleitear a obra junto à subprefeitura. Após ouvir a reivindicação, a secretária da prefeitura reconhece a legitimidade da solicitação, mas afirma que não dispõe de verbas para obras de saneamento básico até o final do ano. No entanto, a prefeitura tem quase dez mil em verbas para a produção de um vídeo. A verba veio do governo federal e, se não for gasta, terá que ser devolvida. A comunidade decide então fazer um vídeo sobre a obra. A prefeitura apóia a idéia da realização do vídeo e da utilização da verba para a obra, que seria um absurdo devolver, mas esclarece que, para requerer a verba, a comunidade deve apresentar um roteiro e um projeto do vídeo, e que a verba era necessariamente para obras de ficção. Os moradores da Linha Cristal passam então a fazer um vídeo de ficção que, segundo interpretações, é um filme de monstro, ambientado nas obras de construção de uma fossa, com o único objetivo de usar a verba para as obras. O que eles não esperavam é que a produção do vídeo fosse se tornando cada vez mais complexa e interessante.
Com um elenco de grandes atores nacionais como Lázaro Ramos, Fernanda Montenegro, Wagner Moura, Camila Pitanga, Bruno Garcia, Paulo José e Tonico Pereira, o diretor Jorge Furtado consegue de uma maneira divertida mostrar como é difícil fazer com que seus direitos como cidadões sejam cumpridos, o desleixo das autoridades as condições básicas de moradia a população são mostrados na incapacidade (boa vontade) de uma prefeitura em criar uma fossa e como esses mesmos despreocupados governantes se aproveitam para ganhar prestigio posando como criadores do feito após o trabalho duro dos moradores da vila.
A simplicidade dos moradores em criar um filme de “ficção” para conseguir

Cuidado ao assistir, pois as sutilezas das alfinetadas não poupam ninguém, se você se sentir atingido, primeiro ria, depois reflita...