sábado, 17 de maio de 2008

Anima Mundi: lista dos filmes que estarão no Festival

Faltando pouco mais de dois meses para 16ª edição do Anima Mundi, foi divulgada a lista de filmes selecionados. Ao todo são 382 trabalhos, dentre eles, estão curtas dos brasileiros Alê Abreu (Passo) e Allan Sieber (Animadores) - foto 2. Na parte internacional da mostra, serão apresentados criações de Bill Plympton (Idiots and Angels e Hot Dog), Koji Yamamura (Kafka Inaka Isha - foto 1 - e Kodomo no Keijijogaku) e Gil Alkabetz (EIN SONNIGER TAG).

A lista completa está disponível aqui, no entanto separamos abaixo o trailer de alguns filmes que poderão ser conferidos no Festival. Só para lembrar, o Anima Mundi acontece de 11 a 20 de julho no Rio de Janeiro e entre os dias 23 e 27 em São Paulo.

Idiots and Angels de Bill Plympton


Kafka Inaka Isha de Koji Yamamura


Hot Dog de Bill Plympton


fonte: almanaque virtual

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Maria de Medeiros filma "O Contador de Histórias" em São Paulo


A atriz portuguesa Maria de Medeiros (foto 1), convidada habitual da Mostra Internacional de Cinema e atriz em "Xangô de Baker Street", está em São Paulo para rodar "O Contador de Histórias", de Luiz Villaça (foto 2), que vai contar a história real do brasileiro Roberto Carlos Ramos, educador e "contador de histórias" de fama internacional.
Maria faz o papel de Margherit, uma educadora francesa que nos anos 70, em viagem pelo Brasil para uma série de pesquisas, conhece Ramos em uma das unidades da Febem e, apesar do histórico problemático do menino, resolve adotá-lo.

Roberto Carlos Ramos é interpretado por três atores escolhidos em testes. Aos 6 anos, quem o interpreta é o menino Marcos Ribeiro; aos 13, quem assume o personagem é Paulinho Mendes (foto 3), e na vida adulta, ele será encarnado por Cleiton Santos.

Villaça, que tem no currículo a direção de quadros de humor no Fantástico, dirigiu a comédia romântica "Cristina Quer Casar", com a atriz - e esposa - Denise Fraga. Em "O Contador de Histórias", Denise terá participação como co-produtora, ao lado de Francisco Ramalho e da distribuidora Warner.


As filmagens se realizarão em locações na cidade de São Paulo e no pólo cinematográfico de Paulínia, interior do Estado. A direção de fotografia é de Lauro Escorel ("Batismo de Sangue"), a direção de arte de Valdy Lopes ("Cinema, Aspirinas e Urubus"), os figurinos de Cassio Brasil ("Os 12 Trabalhos") e a música será de André Abujamra ("Cafundó"). A estréia nos cinemas brasileiros está prevista prevista para 2009.

fonte: uol cinema

O ator Mário Schoemberger morre aos 56 anos


O ator Mário Schoemberger (O Cheiro do Ralo) morreu, aos 56 anos, no início da tarde da última quarta-feira (14), após sofrer falência múltipla dos órgãos.

Mário estava internado no Hospital Nossa Senhora da Graça, em Curitiba, no Paraná, há seis meses tratando de um câncer no intestino.

Em homenagem ao ator, que fez filmes e novelas, seu corpo foi velado no Teatro Guaíra, na cidade de Curitiba, e cremado na quinta-feira (15).

Em 2006, Mário apareceu nas telonas ao lado de Adriana Esteves e Cássio Gabus Mendes no filme Trair e Coçar É Só Começar.

fonte: cineclik

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Estréias da Semana no Cinema Brasileiro (16/05)

Bodas de Papel (2008)

A cidade fictícia de Candeias, no interior de São Paulo, foi evacuada pelo governo porque estava no mapa de uma nova hidrelétrica que inundaria a região. Curiosamente, o projeto foi abandonado, e agora cabe aos antigos e aos novos moradores repovoar a cidade inteira, comprar de volta as casas que venderam, montar de novo o velho negócio. É nesse cenário que se passa a história de amor central de Bodas de Papel, segundo filme do cineasta paulista André Sturm (Sonhos Tropicais, 2002). Vendido como a estréia no cinema da global Helena Ranaldi, o filme se apóia solidamente na beleza da atriz para narrar o início do romance da personagem dela, Nina, que cresceu em Candeias e agora volta para gerir o hotel da cidade, com o arquiteto argentino Miguel (Darío Grandinetti), que apareceu por lá para ajudar na renovação da casa de uma cliente. O insólito caso da cidade que ressuscitou é o que desencadeia o encontro dos dois, e a partir daí, como tema dominante, a "questão Candeias" cede espaço à história de amor.

Efeito Dominó (2008)

"Efeito Dominó", inspirado em um fato real extraordinário, conta a história de um roubo ousado e sem solução, que aconteceu há mais de 35 anos em Londres. O filme, um suspense extremamente provocativo, dirigido por Roger Donaldson e estrelado por Jason Statham e Saffron Burrows, faz uma combinação estonteante de intriga, escândalo e perigo. Seus produtores o descrevem como “uma surpreendente história de assassinato, sexo e corrupção que não foi contada”. Em setembro de 1971, construíram um túnel para dentro da caixa-forte de um banco na Baker Street de Londres e roubaram cofres de dinheiro e jóias no valor de milhões e milhões de libras. Nada foi recuperado. Ninguém jamais foi preso. O roubo esteve nas manchetes por alguns dias e depois desapareceu – resultado da obstrução da mesma à imprensa pelo governo do Reino Unido. O filme revela o que estava escondido naqueles cofres. A história envolve assassinato, corrupção e um escândalo sexual com ligações com a Família Real – uma história na qual os ladrões eram os envolvidos mais inocentes. Jason Statham ("Adrenalina") estrela como Terry, o vendedor de carros com um passado desertor, e Saffron Burrows ("Enigma") é Martine, a modelo de sucesso da antiga vizinhança dele que acende sua velha chama e instiga os seus amigos a realizarem o roubo ao banco. "Efeito Dominó" foi filmado ao longo de 10 semanas nas locações em Londres, no Ealing Studios, base da produção, e em Pinewood, onde a parte externa do banco e a esquina da Baker Street com a Marylebone Road foram construídas na área externa do estúdio. Algumas cenas adicionais foram filmadas na Austrália.

Film Noir (2007)
Animação com co-produção dos EUA e Sérvia, o detetive particular Sam Ruben acorda em uma rua de Los Angeles ao lado de um policial morto. Tomado por uma súbita amnésia, não consegue se lembrar o que aconteceu, nem ao menos quem ele é. Ele só descobre, de imediato, que todos estão tentando matá-lo e ele não sabe o porquê. Sam precisa correr para encontrar pistas e descobrir sua verdadeira identidade.


Longe Dela (2006)
Grant e Fiona Anderson são felizes no casamento há 50 anos. Ela nunca soube das infidelidades ocasionais de Grant. Apesar de a relação dos dois ter por vezes estremecido com as estranhas insinuações da mulher, os anos em que ainda viverão juntos prometem ser felizes – até Fiona começar a sofrer de severa perda de memória e ser diagnosticada como portadora de Alzheimer. Ela própria se dispõe a ir para uma clínica. Uma das regras do lugar é a proibição de visitas durante os 30 primeiros dias do paciente. Mas quando Grant finalmente visita sua mulher, Fiona nem sequer o reconhece. A única pessoa por quem agora ela tem sentimentos é pelo colega de clínica, Aubrey. Grant fica sem opção senão aceitar sua nova condição de amigo preocupado e observar em silêncio como a relação entre Fiona e Aubrey se torna cada vez mais íntima. Ele faz amizade com Kirsty, uma das assistentes do local. No decorrer das conversas entre ambos, fica claro que a situação toda pode ser um sinal de retribuição divina. Um dia, a esposa de Aubrey o leva de volta para casa. Solitária, Fiona cai em profunda depressão. Quando sua condição se torna uma ameaça à própria vida, Grant resolve fazer o maior sacrifício de sua vida de forma que Fiona possa viver o resto de seus dias em paz.

O Melhor Amigo da Noiva
(2008)
Nova aposta da Sony Pictures, "O Melhor Amigo da Noiva" segue a linha do clássico de comédia "O Casamento do Meu Melhor Amigo", mas, desta vez, os papéis estão invertidos. Tom (Patrick Dempsey, de "Grey's Anatomy") vive um solteirão convicto e profissionalmente bem-sucedido que descobre estar apaixonado pela melhor amiga, prestes a se casar com um milionário escocês. Para Tom, a vida é boa: ele é sexy, bem sucedido, tem muita sorte com as mulheres e sabe que sempre pode contar com Hannah (Michelle Monaghan), sua encantadora melhor amiga, e única presença constante em sua vida. É a combinação perfeita, até que Hannah parte numa viagem de seis semanas, a negócios, para a Escócia... e Tom fica perplexo ao perceber como sua vida ficou vazia sem ela. Ele decide pedir Hannah em casamento assim que ela chegar - mas se frustra ao descobrir que ela ficou noiva de um belo e rico escocês, e planeja viver seu amor no exterior. Quando Hannah convida Tom para ser "sua dama de honra", ele aceita o papel, relutante, mas apenas para tentar persuadir Hannah e impedir o casamento, antes que seja tarde demais. Dirigido por Paul Weiland (diretor de alguns episódios da série de televisão "Mr. Bean"), a comédia mostra a tentativa desesperada de Tom em acabar com o casamento. "O Melhor Amigo da Noiva" tem a cara das comédias de verão que anualmente chegam aos cinemas como promessa de altas bilheterias. A escolha do astro principal é certa: Patrick Dempsey conquistou corações das fãs de "Grey's Anatomy", que o elegem como o médico preferido do seriado.

O Tempo e o Lugar (2007)

Documentário brasileiro da vida de Genivaldo da Silva, agricultor de Inhapi, na região semi-árida de Alagoas, foi marcada por diversas militâncias. Integrante do MST, saiu do movimento por discordar de suas práticas de luta, que incluiu um período de treinamento em guerrilha com o grupo peruano Sendero Luminoso. Depois disso, passou pela Pastoral da Terra da igreja católica, militou no PT, de onde acabou expulso. Na maturidade, ele revê todas essas experiências, que sacrificaram sua vida familiar e causaram divisões entre seus filhos. E continua buscando uma forma independente de atuação na organização de comunidades agrícolas, algumas das quais ele ajudou a formar.

Cannes 1º dia


O filme do diretor brasileiro Fernando Meirelles "Ensaio Sobre a Cegueira", baseado na obra do escritor José Saramago, inaugurou ontem o 61º Festival de Cannes, filme este que compete pela Palma de Ouro, segundo o próprio diretor, "esse não seria um bom filme para abrir o festival".

Ao final da projeção o público aplaudiu por cerca de cinco minutos de pé em direção a equipe e atores presentes, já a critica ficou dividida, o jornal The Times (inglês) através do seu repórter James Christopher escreveu que o filme foi deprimente, o La Nácion (argentino) disse que o mesmo foi recebido com frieza, mas ressaltou a importância política dele. O BBC apenas ressaltou apenas as peculiaridades do longa, já o Folha de São Paulo narrou a calorosa aceitação do público entre eles vários atores após o encerramento do filme. Outro jornal inglês o The Guardian deu ao filme quatro estrelas e disse: "...é um drama com imagens soberbas e alucinatórias de colapso urbano. Tem uma linha de horror em seu centro, mas se torna mais leve pelo humor e gentileza"

Valse avec Bachir, numa tradução livre Valsa com Bachir, segundo filme na competição exibido ontem à noite, utiliza uma técnica sofisticada para contar uma tragédia recorrente no Líbano. O diretor Ari Folman segue os passos do americano Richard Linklater e filma em terceira dimensão a história de um soldado israelense que presenciou o massacre nos campos de refugiados de Shabra e Satilla.

A julgar pelos aplausos animados ao final da primeira sessão de imprensa, já tem um concorrente à altura para o jogo de apostas na Palma de Ouro. Trata-se do argentino Leonera, de Pablo Trapero, diretor que os brasileiros conhecem de Do Outro Lado da Lei, Família Rodante e Nascido e Criado. Este filme conta com a presença pequena mais marcante do brasileiro Rodrigo Santoro. Leonera é um convincente retrato de uma mulher confrontada pela tragédia, mas ao mesmo tempo uma crônica sem concessões do universo carcerário em que as mulheres se encontram com os filhos pequenos.

O Festival de Cannes começa a celebrar Maio de 68 com a exibição nesta quinta-feira de Pippermint Frappé, do espanhol Carlos Saura, interrompido há 40 anos por um grupo de cineastas solidários aos estudantes e trabalhadores em greve.

Não se pode esperar outra coisa de um cineasta exigente e sofisticado como o turco Nuri Bilge Ceylan. Seu Üç Maymum, ou Três Macacos na tradução direta e concorrente a Palma de Ouro, é belo, seco e sombrio como seus filmes anteriores Distante e Climates, inéditos no circuito brasileiro, mas já com seguidores entre os cinéfilos. Talvez seja um filme até mais sombrio pelo peso de sua história e condução do drama da pequena família já dilacerada pela morte de um dos filhos e às voltas com outra trágica passagem. O marido, um motorista particular, se entrega em favor do patrão, que aparentemente atropelou e matou uma pessoa. Enquanto cumpre a pena, sua mulher o trai com seu chefe, traição descoberta pelo filho.

fonte: 61º Cannes

Werner Herzog e David Lynch desenvolvem drama


Werner Herzog (O Sobrevivente) e David Lynch (Império dos Sonhos) - foto - estão desenvolvendo o drama My Son, My Son. O roteiro foi escrito por Herzog em parceria com Herbert Golder, assistente do diretor.

O projeto é inspirado livremente na história de um homem que assassinou sua mãe com um espada.O criminoso acreditava estar atuando em uma peça de teatro quando cometeu o assassinato.

O longa terá baixo orçamento, de acordo com o The Hollywood Reporter. Lynch será produtor executivo.

Sinopse: Homem perturbado acredita estar em uma peça de teatro e assassina a própria mãe.

Pela sinopse percebemos que o filme não irá fugir das características dos dois diretores, esses dois "loucos" juntos com certeza boa coisa vai sair, nos resta aguardar esperançosos ao lançamentos do filme

fonte: cinema em cena

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Conheça a estrutura do festival de Cannes


O 61º Festival de Cannes abre nesta quarta-feira com o filme "Ensaio Sobre a Cegueira", do cineasta brasileiro Fernando Meirelles, inaugurando a mostra competitiva --o filé mignon de um evento complexo, com diversas subdivisões.

Além dos eventos descritos abaixo, há uma série de outros direcionados a profissionais do mercado audiovisual e ao público geral, como o Cinema na Praia, come exibições de filmes ao ar livre.

Confira abaixo a estrutura do festival:

A Competição

Com o ato simbólico da subida dos degraus, a Competição representa a parte mais visível do festival. As produções escolhidas para a categoria visam, segundo a divulgação de Cannes, alcançar o público internacional e privilegiar o "cinema de autor para o público em geral". É nesta categoria que os selecionados concorrem à Palma de Ouro e ao Grande Prêmio. Também estão em disputa os prêmios de melhor ator e atriz, ao de melhor diretor, melhor roteiro e o do júri.

Um Certo Olhar

O objetivo desta seção em Cannes é de dar destaques ao que o festival considera como trabalhos singulares, originais em mensagem e estética, que reflitam a renovação da expressão cinematográfica. A mostra concede seu prêmio.

Filmes fora da competição e sessões especiais

Os filmes fora da competição apresentam, geralmente, produções recentes do cinema. As sessões especiais são voltadas a seleções particulares de um autor.

Seleção de curtas-metragens em competição

A seleção de curtas é apresentada em grupos em uma tela. É avaliada pelo júri específico dos curtas e há a Palma de Ouro para Curta-Metragem.

Seleção da Cinéfondation

A mostra seleciona filmes de estudantes e três dos trabalhos recebem uma distinção do júri da Cinéfondation e dos curtas.

Clássicos de Cannes

Sessão que traz o resgate por via de restauração ou recuperação de filmes do passado em mídias como DVD.

Prêmio Camera D'Or

Criado em 1978, o prêmio é dado para o considerado melhor filme apresentado na competição, em Um Certo Olhar, na Semana Internacional da Crítica e na Quinzena dos Diretores.

Cinéfondation

Além da seleção, ela promove uma residência de 12 jovens diretores em Paris para ajudá-los a finalizar seu primeiro ou segundo filme. O Ateliê da Cinéfondation recebe 20 diretores e seus produtores, selecionados pela qualidade de seus projetos, para ajudá-los a completar seu financiamento.

Espaço do Curta-Metragem

Como o próprio nome diz, é dedicado aos curtas-metragens. Criado em 2004, é um ponto de encontro e uma vitrine para os filmes e os serviços para este tipo de produção.

61º Cannes

fonte: folha online / terra cinema

Assista a um novo clipe de Blindness


É hoje a estréia de Blindness, adaptação do premiado livro do português José Saramago, Ensaio Sobre a Cegueira, na abertura do 61º Festival de Cannes. E o site Worst Previews conseguiu mais um clipe do longa. Confira abaixo a cena em que o personagem de Mark Rufallo começa a perder a visão e se desespera com sua esposa, interpretada por Juliane Moore:

Dirigido pelo brasileiro F ernando Meirelles, Blindness narra uma inexplicável epidemia de cegueira e se passa dentro de uma estrutura de confinamento para os que perderam a visão. A Fox lança o filme no Brasil em 12 de setembro.

fonte: omelete

Veja o trailer de Vicky Cristina Barcelona, de Woody Allen


Confira abaixo o primeiro trailer de Vicky Cristina Barcelona, novo filme de Woody Allen. O projeto, inteiramente rodado na Espanha, conta com a participação de Javier Bardem (Onde Os Fracos Não Têm Vez), Penélope Cruz (Volver), Rebecca Hall (O Grande Truque) e Scarlett Johansson (de Match Point e Scoop, em sua terceira parceria com o diretor).



Na trama Vicky (Hall) e Cristina (Johansson) são duas jovens americanas que embarcam em uma viagem à Barcelona. Enquanto Vicky é uma moça puritana que quer logo se casar, Cristina é sexualmente livre. Lá elas conhecem um excêntrico pintor (Bardem) e se envolvem romanticamente - até a temperamental e ciumenta ex-mulher (Cruz) do conquistador chegar para acabar com a festa.

Vicky Cristina Barcelona será exibido no Festival de Cannes, fora de competição.

A estréia "oficial" acontece em 5 de setembro.

fonte: almanaque virtual

terça-feira, 13 de maio de 2008

Sai o primeiro clipe da adaptação ao cinema de Ensaio sobre a Cegueira


Blindness
, adaptação do premiado livro do português José Saramago Ensaio Sobre a Cegueira, filme que abre o 61º Festival de Cannes nesta quarta-feira, teve o seu primeiro clipe revelado. Confira abaixo a cena em que o médico (Mark Ruffalo) tenta organizar o suprimento de comida entre os confinados, mas encontra a resistência do recém-proclamado Rei da Casamata 3 (Gael Garcia Bernal).

Além disso, mais três fotos de divulgação foram reveladas - inclusive tem uma na nova ponte estreiada de São Paulo! Veja na galeria, logo abaixo. E ficamos na expectativa: além de abrir o festival francês, o filme vai participar também da competição pela Palma de Ouro. Raramente um filme de abertura participa da competição; a nova exceção foi aberta por pressão da distribuidora francesa de Blindness.

Dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles, Blindness narra uma inexplicável epidemia de cegueira e se passa dentro de uma estrutura de confinamento para os que perderam a visão. A Fox lança o filme no Brasil em 12 de setembro.

fonte: omelete

Tropa é o grande vencedor do Prêmio ACIE


A cerimônia de entrega do Prêmio ACIE, da Associação dos Correspondentes de Imprensa Estrangeira do Brasil, que aconteceu nesta segunda-feira 12, consagrou Tropa de elite como o grande vencedor da noite. O filme foi o mais premiado e venceu nas as categorias de melhor filme, melhor diretor (para José Padilha), melhor ator (para Wagner Moura), melhor fotografia (para Lula Carvalho) e melhor filme pelo o júri popular, prêmio já anunciado anteriormente. O prêmio de melhor roteiro foi para O cheiro do ralo; Jogo de cena foi eleito o melhor documentário; e Carla Ribas ganhou o troféu de melhor atriz por A casa de Alice. O momento de emoção da noite ficou por conta da homenagem à Paulo José (foto), que recebeu o troféu pelo conjunto da obra das mãos de uma emocionada Glória Pires, que o reverenciou.

Confira a lista dos premiados:

Melhor Filme:
Tropa de Elite

Diretor:
José Padilha, por Tropa de Elite

Roteiro::
O Cheiro do Ralo, de Heitor Dhalia e Marçal Aquino, baseado no livro de Lourenço Mutarelli

Melhor Ator:
Wagner Moura, por Tropa de Elite

Melhor Atriz:
Carla Ribas, por A Casa de Alice

Fotografia:
Lula Carvalho, por Tropa de Elite

Documentário:
Jogo de Cena

Júri popular:
Tropa de Elite

fonte: filme B / terra cinema

Deserto feliz ganha prêmio de melhor filme em Paris


O resultado da premiação do 10º Festival de Cinema Brasileiro de Paris acaba de ser divulgado e Pernambuco saiu vitorioso. Deserto feliz, do diretor Paulo Caldas (foto), divide o prêmio na categoria melhor filme com a película Mutum, de Sandra Kogut. Inesperadamente, o júri resolveu não premiar o melhor ator e sim, dar dois prêmios de melhor atriz. As vencedoras foram a pernambucana Nash Laila por Deserto Feliz e Dira Paes por Incuráveis.

Entre nacionais e internacionais, Deserto feliz já participou de quase 40 festivais. Produzido em 2007 pela Camará Filmes, a película já tem no currículo os prêmios de melhor diretor - XXII Festival de Cinema de Guadalajara - México - 2007; melhor filme da crítica, melhor filme do júri popular, melhor direção, melhor direção de fotografia, melhor direção de arte e melhor música - 35º Festival de Gramado - 2007; melhor atriz - 11º Festival de Cinema Luso-brasileiro de Santa Maria da Feira - Portugal - 2007.

SINOPSE - Jéssica (Nash Laila), 14 anos, mora em Deserto Feliz, no sertão nordestino. Violentada pelo padrasto, sob o olhar silencioso e cúmplice da mãe, a menina foge para Recife para salvar-se de sua própria destruição. Ao chegar na cidade grande, ela se cai nas armadilhas do turismo sexual e dentro desse universo de miséria e alucinação, se depara com algo inesperado: o afeto nos braços de Mark, um turista alemão. Em seu mundo de sonhos, ela descobre a vastidão do mundo, e o encontro com o outro, com si mesma, a força de sua cultura e o poder do amor.

fonte: JC online

Assista ao primeiro trailer oficial de "Encarnação do Demônio"


Assista ao primeiro trailer oficial de "Encarnação do Demônio" , de José Mojica Marins, que retoma o personagem Zé do Caixão e encerra a trilogia iniciada com "À Meia-Noite Levarei Sua Alma" (1964) e "Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver" (1967). Com produção de Paulo Sacramento e roteiro e co-direção de Dennison Ramalho, o filme dá sentido à busca do coveiro pela "mulher superior" para gerar o seu filho - um ser humano, segundo ele, perfeito. "Ele volta a ser um personagem ativo na trama e encerra um ciclo", conta Ramalho, em entrevista ao UOL.

Encarnação do Demônio - trailer

VEJA SITE DO FILME


"Encarnação do Demônio" também faz justiça e corrige uma deturpação histórica. Marins foi obrigado pela Censura a mudar o fim de "Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver" e colocar uma "mensagem cristã". "O Mojica nunca se conformou com o fato de ter que colocar a cena do Zé do Caixão pedindo uma cruz", conta Ramalho. "Mas nós refizemos a cena em flashback, com um sósia americano dele, e restauramos o que seria o fim do filme original."

Com participações especiais de Jece Valadão (que morreu durante as filmagens) e José Celso Martinez Corrêa, além de interpretações de Milhem Cortaz e Débora Muniz, o filme terá distribuição da Fox Filmes do Brasil e lançamento apontado para 8 de agosto de 2008.

fonte: uol cinema

Morre, aos 73 anos, o ator Robert Hundar


Foi divulgada à imprensa local na tarde desta segunda-feira (13/5), a morte do ator Claudio Undari, mas conhecido como Robert Hundar no mundo do cinema, segundo a agência EFE.

Claudio era casada e tinha quatro filhos. O funeral acontecerá nesta quarta-feira (14/5) em Roma.

Por atuar em vários filmes de velho oeste nas décadas de 60 e 70, o ator italiano, que nasceu em Castelvetranio, era considerado o "rei dos western spaghetti".

Três homens bons, Os quatro inexoráveis, Os sete do Texas e Condenados a viver estão entre os longas que o ator trabalhou.

fonte: cineclik

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Filme sobre a Velha Guarda da Portela é selecionado para Cannes


Mais um filme brasileiro foi selecionado para o Festival de Cinema de Cannes, que acontece de 14 a 25 de maio. “O mistério do samba”, dirigido por Carolina Jabor e Lula Buarque de Hollanda, terá sua estréia mundial no encerramento da Mostra Cinéma de la Plage, no dia 25 à noite.
O documentário, que levou dez anos para virar realidade, retrata a história, as músicas e o cotidiano dos integrantes da Velha Guarda da Portela, escola de samba do Rio de Janeiro. Mostra também a pesquisa que Marisa Monte realizou, recuperando composições esquecidas – a cantora também assina o roteiro do longa-metragem.

Paulinho da Viola e Zeca Pagodinho, ilustres portelenses, também estão no filme, que deve estrear no Brasil no segundo semestre deste ano.
O Brasil está bem representado no Festival de Cannes deste ano. “Linha de passe”, filme de Walter Salles e Daniela Thomas, disputa a Palma de Ouro, assim como “Ensaio sobre a cegueira”, de Fernando Meirelles.

A estréia de Matheus Nachtergaele na direção também rendeu bons frutos, e o filme “A festa da menina morta” também foi selecionado, apesar de estar fora da mostra competitiva.

fonte: globo.com

Mostra Nordeste, Cangaço e Cinema


O cangaço foi retratado no cinema brasileiro em várias épocas e de diversas formas, desde a década de 20. A Mostra Nordeste, Cangaço e Cinema, que ocorre de quarta-feira (14/5) até o dia 22 de maio, tem como objetivo exibir um apanhado de longas-metragens que se passam na mítica região no nordeste brasileiro.

As sessões ocorrem no Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo (Rua Álvares Penteado, 112), com entrada franca (mediante retirada de ingressos no dia de cada sessão, a partir das 10h).

Filmes que participarão da mostra:

Meu Nome é Lampião (1969), de Mozael Silveira
Lampião, Sonhos de Bandido (2007), de Damien Chemin e Nicodome de Renesse
Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), de Glauber Rocha
A Morte Comanda o Cangaço (1960), de Carlos Coimbra
Baile Perfumado (1997), de Paulo Caldas e Lírio Ferreira (foto)
A Vingança dos Doze (1970), de Marcos Faria
Cangaceiros de Lampião (1967), de Carlos Coimbra
As Cangaceiras Eróticas (1974), de Roberto Mauro
Memória da Cangaço (1965), de Paulo Gil Soares
O Último Dia de Lampião (1975), de Maurice Capovilla
A Mulher no Cangaço (1976), de Hermano Penna
Os Três Cangaceiros (1961), de Victor Lima
Corisco, o Diabo Loiro (1969), de Carlos Coimbra
Kung Fu Contra as Bonecas (1976), de Adriano Stuart
O Cangaceiro Trapalhão (1983), de Daniel Filho
O Cangaceiro (1953), de Lima Barreto
O Velho Guerreiro Não Morrerá - O Cangaceiro de Lima Barreto 50 Anos Depois (2008), de Paulo Duarte
Corisco e Dada (1996), de Rosemberg Cariry
Faustão (1971), de Eduardo Coutinho
Riacho de Sangue (1966), de Fernando de Barros
Lampião, o Rei do Cangaço (1962), de Carlos Coimbra
Meu Nome é Lampião (1969), de Mozael Silveira
Jesuíno Brilhante, o Cangaceiro (1972), de William Cobbett
O Cangaceiro (1997), de Aníbal Massaini Neto

fonte: cineclik

Abertas as inscrições para a 16ª edição do Mix Brasil


A organização do Mix Brasil - Festival de Cinema e Vídeo da Diversidade Sexual, que em 2008 comemora a 16ª edição, abriu as inscrições para trabalhos brasileiros e estrangeiros. A ficha de inscrição e o regulamento podem ser encontrados no site do evento.

As cópias devem ser enviadas em DVD para apreciação do comitê de seleção. Os escolhidos podem enviar os títulos em DVD, Beta SP NTSC, DigiBeta, 16mm ou 35mm para a exibição. As inscrições para filmes estrangeiros vão até dia 20 de julho e para brasileiros até dia 31 do mesmo mês.

Os trabalhos selecionados concorrem a prêmios de público nas categorias Melhor Longa de Ficção, Melhor Documentário, Melhor Curta Estrangeiro e Melhor Filme Brasileiro, representados pelo troféu Coelho de Prata. Já as produções selecionadas para a Mostra Competitiva Brasil concorrem ao troféu Coelho de Prata, conferido por um júri composto por programadores de festivais internacionais.

Criado em 1993, o Mix Brasil é o maior fórum de cinema e vídeo GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros). da América Latina e uma das mais importantes vitrines para produções alternativas no Brasil. Em 2008, o festival ocorre em São Paulo (de 12 a 23/11), Rio de Janeiro (de 27/11 a 4/12), Brasília (de 4 a 11/12) e Belo Horizonte (de 13 a 19/12).

fonte: cineclik

sábado, 10 de maio de 2008

Buenos Aires ganha festival brasileiro


Começou ontem o I Cine Fest Buenos Aires, festival de cinema brasileiro nos moldes do festival brasileiro de Miami com organização da mesma equipe da Inffinito.

O festival vai até dia 14 de maio no cinema Village Recoleta, da capital Argentina. Serão exibidos 13 longas-metragens brasileiros, entre os quais os ainda inéditos Nossa vida não cabe num opala, Alucinados, Corpo e 5 frações de uma quase história e os documentários Andarilho, O mundo em duas voltas e Vidas.

A maior parte da programação é de filmes lançados em 2007 e 2008, como Não por acaso, Polaróides Urbanas, A via Láctea e Mutum.

Mais informações no target="_blank">site do festival.

fonte: filme B

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Manoel Oliveira comemora 100º aniversário em Canes


O diretor Manoel de Oliveira (Um Filme Falado) irá assoprar as velinhas de seu 100º aniversário durante o Festival de Cannes. O mestre português confirmou a presença ao lado de outros grandes nomes do cinema como Martin Scorsese, Alejandro Jodorowsky e Carlos Saura.

Em homenagem a Manoel, seu primeiro filme será exibido na 5ª edição da mostra Cannes Classics. Douro, Faina Fluvial (1931) tem apenas 18 minutos de duração e dividirá a sala com a exibição de uma versão de Cinzas do Passado (1994), de Woong Kar Wai (My Blueberry Nights).

A mesma sessão de clássicos também relembra a fatídica edição de Cannes de maio de 1968 e exibe o filme Peppermint Frappé, dirigido por Carlos Saura (Fados), 40 anos depois.

Isso porque a exibição do longa foi interrompida quando o diretor se juntou a movimentos sociais da época cujas investidas forçaram o encerramento da competição.

Outros pré-selecionados para o 40º aniversário da data histórica são 13 jours en France; Anna Karenine; The long day's dying e 24 heures de la vie d'une femme.

Vale lembrar que esta edição conta com a participação de cineastas brasileiros, como a estréia do ator Matheus Nachtergaele, que exibe seu A Festa da Menina Morta, e a dupla Walter Salles (Diários de Motocicletas) e Daniela Thomas. A participação do diretor de Blindness, Fernando Meirelles, fecha o time dos nossos representantes por lá.


fonte: cineclik

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Estréias da Semana no Cinema Brasileiro (09/05)

5 Frações de Uma Quase História (2007)
Fazer cinema no Brasil é trabalho para poucos. Fazer cinema fora do eixo Rio-São Paulo é trabalho para loucos. Não pela demência em si, mas pelas inúmeras dificuldades extras que são enfrentadas. São estes problemas, porém, que dão um sabor ainda mais gostoso à vitória que é ver um projeto como 5 Frações de Uma Quase História chegar ao circuito comercial. Seu modelo é diferente do que se vê por aí. Em vez das grandes estrelas das novelas, os seis diretores optaram por rostos menos conhecidos, que não eclipsariam as histórias que eles queriam contar. Histórias, sim, no plural. São cinco delas, cada uma dirigida e atuada por pessoas diferentes, mas que conseguem manter uma unidade em meio a tantas diferenças. Um fotógrafo obcecado por pés femininos; um homem que se projeta em situações vistas na TV; um apático funcionário público que recebe uma proposta de um juiz corrupto; um trabalhador de um matadouro com o casamento em crise; e uma secretária desiludida no amor que sonha em se casar. Estas cinco personagens terão suas vidas modificadas a partir de um quente final de semana.
site oficial: http://www.5fracoes.com.br/

Atabaques Nzinga (2006)
Documentário musical sobre a cultura afro-brasileira, cuja estrutura narrativa se traduz por um jogo de búzios, no qual a protagonista chega atraída pelo "chamado do tambor" em busca do autoconhecimento. Viajando pela estrada da percussão nas locações de Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro, a protagonista conhece diferentes ritmos, grupos musicais e coreográficos, procurando e encontrando sua integração na sociedade brasileira.

Banquete do Amor (2007)

O escritor e professor Harry Stevenson (Morgan Freeman, de "O Procurado") tem o costume de passar horas na cafeteria de uma pequena cidade do Oregon observando a vida daqueles que passam pelo local. Assim, ele acaba percebendo os padrões de comportamento da vida sentimental de pessoas como Bradley (Greg Kinnear, de "Ligado em Você"), o dono do estabelecimento, que sempre busca o amor das formas mais incoerentes, principalmente com sua própria esposa, Kathym (Selma Blair, de "Hellboy 2 - O Exército Dourado"). Este Banquete do Amor, protagonizado por Harry, ainda tem a presença de Diana, flagrada em um caso de adultério, de Chloe, recém-chegada à cidade, e de uma série de personagens, que incluem ainda a própria esposa do observador, que sofre pela perda de alguém importante. Assim, o escritor consegue notar como o amor tem inúmeras facetas que não respeitam sexo ou idade. Diretor do clássico "Kramer Vs. Kramer", e co-roteirista de "Bonnie e Clyde - Uma Rajada de Balas", Robert Benton dirige "Banquete do Amor", uma adaptação do romance de Charles Baxter. Apesar de ter ganho o Oscar, o cineasta não se considera um grande diretor, apenas acredita que sabe escolher os atores com quem trabalha. Para este filme, sua primeira escolha foi a de Morgan Freeman, para o papel de Harry.

O Último Bandonéon (2005)
Bandoneón, que aparce no título, é um instrumento musical típico usado pelos grupos de tango na Argentina - semelhante ao acordeão. E este ritmo, sinônimo da cultura portenha, é o tema deste documentário que conta a história do tango a partir da personagem Marina Gayotto, uma jovem instrumentista que domina o bandoneón. Marina Gayoto é uma musicista que toca nas ruas e no metrô de Buenos Aires. Ela participa de um teste para integrar a orquestra de Rodolfo Mederos, um renomado maestro e compositor argentino. Marina é uma boa musicista, mas o seu instrumento é velho demais. Mederos sugere que ela encontre algo melhor. A moça começa sua jornada em busca de um Double A -- uma espécie de Stradivarius dos bandoneóns, tamanha a sua qualidade. Mas encontrar um não é nada fácil, uma vez que deixaram de ser produzidos desde o início da Segunda Guerra. A busca de Marina é apenas o princípio de uma jornada pelos sons e histórias do tango. O encontro com músicos de diversas gerações confere a densidade a "O último bandoneón". Muitos deles vivenciaram a época de ouro do tango, nas décadas de 1930 e 1940. Assim, o diretor Alejandro Saderman traça um painel social e cultural da música e a sua relação com a sociedade argentina. Entre os entrevistados está um grupo de músicos veteranos, Gabriel Clausi, Marcos Madrigal, Luis Masturini, Miguel Mastantuono e Luis Aníbal, que se reúnem todos os finais de semana e homenageiam antigos maestros do tango. Enquanto isso, Marina entra em alguns empreendimentos -- como um concerto e performances nas ruas -- para conseguir o dinheiro para comprar um Double A que será leiloado e está poderá ser sua grande chance. A principal qualidade de "O último bandoneón" está em lembrar que tão importante quanto a arte musical são os músicos. Por isso, ao combinar música e conteúdo humano, o documentário de Saderman consegue ir além de um mero registro de uma forma de expressão.

Speed Racer (2008)

Dos diretores Andy e Larry Wachowski (da trilogia “Matrix”), “Speed Racer” é a versão em live-action para a série animada homônima criada Tatsuo Yoshid nos anos 60. Nascido para pilotar, Speed (Emile Hirsch) é agressivo, instintivo e destemido. Sua real competição é com a memória do irmão que ele idolatrava - o lendário Rex Racer (Scott Porter) - cuja morte nas pistas deixou um legado que Speed tenta preencher. Quando Speed recusa uma oferta milionária da Royalton Industries para ser seu piloto, ele não só enfurece o maníaco dono da companhia como descobre um segredo: algumas das maiores corridas do circuito estão sendo arranjadas. Se Speed não correr para a Royalton, a Royalton assegurará que o Mach 5 nunca mais atravesse uma linha de chegada. O único jeito de Speed salvar o negócio de sua família é se unir ao rival Corredor X (Matthew Fox) e vencer The Crucible, um ralí que atravessa o país e desafia a morte - a corrida que tomou a vida de seu irmão. O projeto já está em produção e as filmagens começaram em junho causando polêmica. Ao invés de utilizar computação gráfica ou tecnologia avançada para reproduzir o macaco Chim-Chim, os irmãos Wachowski fizeram questão da presença de um chipanzé de verdade no elenco. Boatos rondaram os sets e deram conta de que o macaco teria mordido o ator mirim Paulie Litt. A organização Peta entrou em ação pedindo a retirada do animal, mas a Warner Bros. bateu o pé e ficou ao lado dos diretores.

Diretor canadense quer transformar internautas em produtores de cinema


Cansado de bater na porta dos estúdios de Hollywood com o seu roteiro, o diretor aspirante Casey Walker tomou uma atitude para viabilizar seu projeto. Ele montou um web site onde qualquer internauta pode adquirir pedaços do filme que ainda será feito por 10 centavos de Dólar. A iniciativa visa angariar 1 milhão de dólares para que seu projeto possa, enfim, sair do papel.

Até o momento, o site de de Casey já conseguiu cerca de 170 mil dólares e ele pretende chegar a quantia desejada em 4 meses. Aqueles que contribuirem com o filme, terão seus nomes nos créditos como produtores assistentes, além de receber algumas vantagens do site e parte do lucro, caso o filme faça dinheiro.

O filme chamado Free for all ... But you (algo como, Disponível para todos... Menos você), conta a história de dois amigos que se apaixonam perdidamente pela mesma mulher. O problema é que essa mulher complicada já tem relacionamentos com sete pessoas diferentes.

Os interessados no projeto do cineasta podem visitar seu site www.mymilliondollarmovie.com e conferir.

fonte: almanaque virtual

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Saem os indicados ao MTV Movie Awards


No dia 1º de junho, com apresentação ao vivo de Mike Myers, acontece o MTV Movie Awards 2008. Provando que 2007 foi um ótimo ano para os indies, nerds e excluídos em geral, Superbad lidera com cinco indicações, seguido por Juno, com quatro. Confira a lista completa:

Melhor Filme
Juno
Transformers
Piratas do Caribe: No Fim do Mundo
Eu Sou a Lenda
Superbad
A Lenda do Tesouro Perdido: O Livro dos Segredos


Melhor Ator
Will Smith -- Eu Sou a Lenda
Shia LaBeouf -- Transformers
Denzel Washington -- O Gângster
Matt Damon -- O Ultimato Bourne
Michael Cera -- Juno

Melhor Atriz
Ellen Page -- Juno
Keira Knightley -- Piratas do Caribe: No Fim do Mundo
Katherine Heigl -- Ligeiramente Grávidos
Amy Adams -- Encantada
Jessica Biel -- Eu os Declaro Marido... e Larry

Melhor Vilão
Johnny Depp -- Sweeney Todd
Denzel Washington -- O Gângster
Angelina Jolie -- Beowulf
Topher Grace -- Homem-Aranha 3
Javier Bardem -- Onde os Fracos Não Têm Vez

Melhor Atuação de Comédia
Johnny Depp -- Piratas do Caribe: No Fim do Mundo
Adam Sandler -- Eu os Declaro Marido... e Larry
Jonah Hill -- Superbad
Seth Rogen -- Ligeiramente Grávidos
Amy Adams -- Encantada

Melhor Luta
Matt Damon vs. Joey Ansah -- O Ultimato Bourne
Tobey Maguire vs. James Franco -- Homem-Aranha 3
Hayden Christensen vs. Jamie Bell -- Jumper
Sean Faris vs. Cam Gigandet -- Never Back Down
Chris Tucker & Jackie Chan vs. Sun Ming Ming -- A Hora do Rush 3
Alien vs. Predator - Aliens vs. Predador 2

Melhor Beijo
Shia LaBeouf e Sarah Roemer -- Paranóia
Amy Adams e Patrick Dempsey -- Encantada
Daniel Radcliffe e Katie Leung -- Harry Potter e a Ordem da Fênix
Ellen Page e Michael Cera -- Juno
Briana Evigan e Robert Hoffman -- Step Up 2 The Streets

Revelação
Zac Efron -- Hairspray
Seth Rogen -- Ligeiramente Grávidos
Jonah Hill -- Superbad
Michael Cera -- Superbad
Chris Brown -- This Christmas
Nikki Blonsky -- Hairspray
Megan Fox -- Transformers
Christopher Mintz-Plasse -- Superbad

Melhor Filme do Verão Até Agora
Homem de Ferro
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal
Sex and the City: O Filme
Speed Racer
As Crônicas de Narnia: Príncipe Caspian

fonte: omelete

terça-feira, 6 de maio de 2008

Escola Soviética de Montagem - 1

Da revolução à arte, da arte à revolução


Em 4 de maio de 1896, cinco meses depois da primeira projeção pública do cinematografh, o incipiente mundo do cinema alcançou a Rússia, através da exibição de um curta-metragem dos irmãos Lumière, que mostrava cenas da vida cotidiana na França. Em pouco tempo, surgiram dezenas de salas de projeção em São Petersburgo e Moscou, patrocinadas pelas companhias cinematográficas francesas (Pathé e Gaumont), conseqüência do processo de penetração de capital francês na economia russa, iniciado em finais do século XIX. Nesse primeiro momento, o cinema produzido na Rússia se limitava ao registro de cenas da vida familiar e cerimonial do Czar Nicolau II. Em 1908, foi realizada a primeira película de ficção russa: Stenka Razin, de dez minutos de duração. Em 1911, foi concluído o primeiro longa-metragem produzido em território nacional — A defesa de Sebastopol —, dirigido pelo cineasta Vassili Gontxarov, que tratava da Guerra da Criméia. De 1911 a 1917, a produção de filmes russos cresceu consideravelmente, sobretudo no período da Primeira Guerra Mundial, com a realização de centenas de filmes patrióticos. O cinema pré-revolucionário se caracterizava pela imitação dos estilos ocidentais e pela adoção do realismo e da linearidade como elementos centrais.


Aleksandr Dovhzenko


A Revolução Bolchevique, em 1917, abriu novas perspectivas para a arte na União Soviética, principalmente na esfera cinematográfica. Com o movimento de Outubro, surgiu uma nova estética revolucionária: a arte foi convertida na materialização do espírito da Revolução. Os jovens artistas deram início à contestação da arte burguesa e proclamaram o direito das massas a terem acesso à cultura. As formas tradicionais de cinema foram rejeitadas. Ao realismo burguês, eles propuseram métodos completamente inovadores. Nesse momento, a arte passou a ser concebida também como um instrumento para a edificação e consolidação do socialismo, cuja função seria educar o espírito do povo. A obra de arte deixou de ser uma obra individual, uma propriedade privada, orientando-se para a mobilização das massas. Ao cinema, caberia um papel de destaque nessa tarefa educacional da arte, visto que a grande maioria da população russa era analfabeta. Pela primeira vez, um Estado consagrava o cinema enquanto arte e lhe atribuía um lugar tão destacado.


Vsevolod Pudovkin


Em 1917, foi criado o Comissariado do Povo para a Instrução Pública (Narkomprost), sob a direção de Lunacharsky e, em 1918, foi aberta uma subseção de cinema (Kinopotdel), que ficou sob a supervisão de Krupskaia, mulher de Lenin. Um ano depois, toda a produção cinematográfica foi nacionalizada.

A conjuntura político-econômica do recente Estado Operário era extremamente difícil. Em meio à guerra civil, a situação de fome e desespero se alastrava pelo país. Os antigos cineastas haviam emigrado para a França, Alemanha e EUA e faltavam recursos para novas produções. Não obstante toda a precariedade técnica e a carestia de material, começou a se desenvolver um novo cinema na Rússia, inicialmente voltado para a propaganda nas frentes de batalha (Agiptrop e Agitki). A carência de rolos de filmes virgens fazia com que fossem aproveitados pequenos pedaços não revelados, que eram compostos através da técnica da montagem. Essa experiência foi de suma importância para o desabrochar de um movimento cinematográfico inovador que iria revolucionar as técnicas de cinema na União Soviética e no mundo todo. Dessa explosão inicial, emergiram grandes cineastas como Lev Kuleshov - Aventuras Extraordinárias de Mister West no País dos Bolcheviques (24) Po Zakonu (26); Vsevolod Pudovkin - A Mãe (24), Tempestade Sobre a Ásia (28); Dziga Vertov - Câmera Olho - Réquiem a Lenin (24), Um Homem Com Uma Câmera (29); Aleksandr DovzhenkoArsenal (28), Terra (30) e Sergei Eisenstein - A Greve (24),O Encouraçado Potemkin (25), Outubro (27), O Velho e o Novo / A Linha Geral (30), Que Viva México! (32), Alexander Nevsky (38), Ivan o Terrível - Parte I (44), Ivan o Terrível - Parte II (48). Toda essa geração de artistas recebeu uma forte influência das vanguardas européias do início do século e, em especial, do futurismo, que muito contribuiu para a construção da nova arte.

Po Zakonu(26)


Com o fim da guerra e a superação da crise, esse movimento teve as condições materiais básicas para crescer e se desenvolver. Um dos elementos mais importantes nesse processo inicial de criação foi a existência da liberdade de ação e de expressão reinante no universo da arte. Tal condição foi garantida pela postura de Lunacharsky e de alguns líderes bolcheviques. O Estado tinha consciência da importância ideológica da arte e, em especial do cinema, e buscava transformá-la em um instrumento para a construção do socialismo. Mas, ao mesmo tempo, também percebia o valor e o significado da liberdade criadora artística. De todos os dirigentes bolcheviques, Trotsky foi aquele que mais radicalmente defendeu essas duas perspectivas. Em 1923, ele fez a seguinte afirmação:

O fato de, até agora, não termos ainda dominado o cinema prova até que ponto somos desastrados e incultos, para não dizer idiotas. O cinema é um instrumento que se impõe por si só, ele é o melhor instrumento de propaganda

A Mãe (24)


Entretanto, ele acreditava que a utilização do cinema como instrumento de propaganda deveria se dar não como conseqüência de uma imposição do Estado, mas como resultado de uma opção conscientemente revolucionária dos cineastas. No domínio da arte, defendia a total liberdade de criação. É isso que nos confirma Maurice Nadeau no prefácio da obra de Trotsky, Literatura e Revolução:

Fora de critérios categóricos: "a favor ou contra a revolução", a política do Partido — e Trotsky a fórmula sem ambigüidades — resumia-se em um princípio: "liberdade total de autodeterminação no domínio da arte".

Câmera Olho - Réquiem a Lenin (24)


No período posterior à morte de Lenin, essa posição foi sendo, progressivamente, suplantada pelo dirigismo partidário, culminando com a consolidação do realismo socialista nos anos trinta. Os artistas, por sua vez, tornaram-se completamente vulneráveis às pressões do Estado. Este também foi o destino de Sergei Eisenstein. O filme Traição na Campina (35) o mais belo e lírico filme de Eisenstein. Por causa dele o diretor foi banido pelos oficiais de Stalin em 1937 e as cópias do filme foram destruídas pelas bombas nazistas na 2ª Guerra. Somente com os fantásticos stills, imagens e frames que sobreviveram da montagem original, conseguiu-se reconstituir meticulosamente, os 30 min. baseados no roteiro original. Totalmente proibido na URSS, este filme é obra da abnegação e coragem daqueles que arriscaram a vida para preservar o material que permitiu esta montagem.



Eisenstein segue o curso da história

Nascido na cidade de Riga, em fins do século XIX, Eisenstein passou a infância e a adolescência distante da agitação política da Rússia pré-revolucionária. Ao completar 17 anos, mudou-se para Petrogrado para ingressar no curso de engenharia civil, pretendendo seguir a carreira profissional do pai. Durante os dois anos que permaneceu no Instituto dos Engenheiros Civis, desenvolveu o gosto pelo raciocínio lógico, que lhe seria útil alguns anos mais tarde no processo de elaboração de suas teorias cinematográficas. Foi também nesse período que ele iniciou os primeiros contatos com o mundo da arte e da política.


Que Viva México (32)


Em 1917, foi convocado para prestar o serviço militar, alistando-se na Escola Preparatória para Oficiais. Seu destacamento foi enviado para o front em agosto. Nesse momento, Eisenstein deu os primeiros passos no sentido de unir a arte aos ideais revolucionários. Ele tornou-se bastante conhecido no exército, em função das caricaturas que fazia sobre o Governo Provisório.

Após a tomada do poder pelos Bolcheviques e o início da guerra civil, Eisenstein ingressou como voluntário no Exército Vermelho, partindo logo depois para combate no front Noroeste. Sua maior contribuição durante a guerra foi organizar grupos teatrais de propaganda engajada, cujas peças eram exibidas aos soldados. Ao retornar, abraçou definitivamente a vida artística, tornando-se, em 1920, ator, diretor e cenógrafo do Primeiro Teatro Operário, o Proletcult.



Ainda no teatro, Eisenstein começou a formular as teorias que comporiam a base de sua linguagem cinematográfica. Como a maior parte dos artistas dessa época, Eisenstein estava de pleno acordo com o princípio da utilidade revolucionária da arte. Defendendo a aplicação do método marxista à arte, desejava a união desta com a política, a ciência e a história, lutando pela criação de uma arte totalizante, pela corporificação da idéia da realização da unidade. Dentro dessa linha de pensamento, foi elaborando a teoria da montagem, que estruturaria toda a sua obra ulterior. Compreendendo que o teatro impunha certos limites à aplicação da montagem, logo ingressou no universo cinematográfico. Em 1923, realizou seu primeiro filme (um curta-metragem) — O cinediário de Glumov —, caricatura da classe dominante às vésperas da Revolução. Um ano depois, dirigiu seu primeiro sucesso: A greve.


A Greve (24)


A greve surgiu como resultado da transformação de um projeto inicial, intitulado Em direção à ditadura, que visava refletir, através de sete episódios, as mudanças transcorridas na Rússia entre 1900 e 1917. Sua versão final se concentrou na história de uma greve, ocorrida em 1912, duramente reprimida pelas forças czaristas. Na verdade, o filme não contém uma narração linear dos acontecimentos, com intrigas e personagens principais. Trata-se de uma demonstração da força contagiante das massas em revolta. Seu objetivo, nunca negado pelo autor, era propagar o espírito revolucionário, assim como a sua necessidade histórica. Considerado como o primeiro filme proletário, a película obteve uma grande aceitação nos setores governamentais e na intelectualidade soviética.


A greve já contém os elementos teóricos daquilo que Eisenstein chamou de "montagem de atrações". Experiências anteriores já haviam comprovado que a justaposição de dois elementos numa película poderia criar uma nova significação completamente distinta dos significados originais de cada elemento. Esse processo de manipulação de imagens, alcançado através da montagem, passou a ser utilizado voluntariamente pelos diretores cinematográficos. Eisenstein desenvolveu esses princípios elementares da montagem, defendendo ainda a necessidade de momentos abaladores, impetuosos, chocantes (as atrações) que gerassem no espectador, através dos dispositivos emocionais, um efeito psicológico matematicamente calculado pelo autor. Esses "momentos abaladores" seriam conseguidos através da utilização da montagem e de recursos especiais como fortes contrastes, repetição e ritmo frenético das imagens e digressões simbólicas. Muitas de suas conclusões foram baseadas no princípio de condicionamento de Pavlov, nas técnicas de associação e de lavagem cerebral. Com Eisenstein, o cinema se transformou conscientemente em uma máquina-psicológica que, inicialmente, ficou a serviço da revolução. De acordo com os estudiosos Furhammar e Isaksson, as teorias eisensteinianas fizeram do diretor um ditador que aprisionou o espectador, acabando por formular os princípios básicos dos filmes de propaganda que se baseiam na idéia de que

... através da manipulação da imagem cinematográfica da realidade é possível também se manipular os "conceitos" do espectador sobre a realidade — isto é, os conceitos sobre os quais fundamenta suas atitudes e ações.


Apesar dessas conclusões não serem de todo equivocadas, elas apresentam uma visão parcial da questão, visto que não se trata apenas de compreender que o cinema proposto por Eisenstein visava a fins propagandísticos, o que o próprio autor não escondia, mas sim de analisar esse elemento dentro de uma concepção geral de arte que, de forma alguma, se limitava à propaganda.

Todas as aplicações teóricas realizadas em A greve foram novamente adotadas no segundo filme de EisensteinO Encouraçado Potemkin, dessa vez de forma muito mais elaborada e consistente. Encomendado pelo Estado Soviético para a comemoração do vigésimo aniversário da Revolução de 1905, Potemkin assegurou para Eisenstein o maior sucesso de sua carreira artística e mesmo da história do cinema soviético. Ele foi aplaudido entusiasticamente pelos revolucionários de toda a Europa Ocidental, assim como pela intelligentsia e pelos dirigentes soviéticos. Essa recepção foi resultado, em parte, da perfeição plástica do filme e, principalmente, da força do espírito revolucionário que ele transmitia. É o que depreende Sadoul, por exemplo, quando afirma que

... o sucesso da obra deveu-se sem dúvida a uma forma e uma perfeição inegáveis, mas sobretudo ao calor humano e a fé entusiástica que impulsionavam um tema revolucionário jamais abordado na tela.

O Encouraçado Potemkin (25)



O filme tem como tema a revolta dos marinheiros de um encouraçado, Potemkin, contra a opressão a que estavam submetidos. Esse motim, na realidade, foi um dos acontecimentos que marcaram o movimento revolucionário de 1905, que, inclusive, não se encontrava presente na historiografia oficial da União Soviética. Para a produção do filme, Eisenstein teve que realizar um duro trabalho de pesquisa histórica: buscar vestígios, colher depoimentos, consultar a documentação oficial, construindo assim sua imagem do acontecimento. Nas filmagens, ele não utilizou atores profissionais, procurando, ao máximo, aproximar-se do espírito de 1905, ainda vivo na memória de muitos habitantes da cidade. O filme conseguiu documentar não apenas um acontecimento isolado, o motim dos marinheiros do Potemkin, mas a Revolução de 1905 como um todo, a situação de degradação, de opressão, de miséria da população russa e de todos os povos que se encontravam historicamente subjugados. O Encouraçado Potemkin proclama, em última análise, a necessidade da revolução mundial, cujo primeiro passo havia sido dado pela Rússia em 1917.


Eisenstein

No entanto, Potemkin, assim como todos os filmes de Eisenstein, não conseguiu agradar ao grande público, às massas, que eram, na verdade, o grande herói das suas primeiras produções e a quem elas visavam alcançar. Isso se deveu, em grande medida, à complexidade da sua linguagem, que estava muito além das possibilidades de entendimento da população russa, composta, em sua maioria, por camponeses iletrados. De acordo com o historiador Arnold Hauser, pode-se dizer que

... o grande público não reage ao que é artisticamente bom ou ruim, mas às impressões pelas quais se sente tranqüilizado ou alarmado em sua própria esfera de existência. Interessa-se pelo que possui valor artístico, desde que seja apresentado em harmonia com sua mentalidade.

Eisenstein

Uma outra hipótese para a "rejeição" popular aos filmes de Eisenstein vincula-se à não aceitação da própria Revolução por grande parte da população camponesa. A tendência natural do espectador médio é apreciar apenas os filmes com os quais se identifica e que compartilham seus valores.

Mesmo não alcançando plenamente seu objetivo final, conscientizar as massas da necessidade da revolução e da construção do socialismo, esses dois filmes desempenharam um grande papel histórico na sociedade soviética. Eles marcaram a primeira fase da história da Rússia pós-1917, da tomada de poder, da luta pela consolidação interna da Revolução e pela sua expansão externa (revolução mundial) e da liberdade de criação. Enfim, essas duas películas registraram, com alto grau de sensibilidade e autenticidade, a existência de um espírito verdadeiramente revolucionário.


O Encouraçado Potemkin (25)


Paralelamente ao desenvolvimento do que poderíamos chamar de idade de ouro do cinema russo, a sociedade soviética assistia ao surgimento de forças contra-revolucionárias no interior do Partido Bolchevique. O isolamento da Revolução e as duras condições de sobrevivência do regime facilitaram a criação de uma casta burocrática que, pouco a pouco, foi usurpando o poder revolucionário e se afastando das massas. Esse processo de "degeneração burocrática", como o denominava Trotsky, foi liderado e conduzido por Joseph Stalin que, em 1922, havia se tornado Secretário Geral do Partido. A morte de Lenin, em 1924, acelerou o processo de burocratização do Estado soviético, pondo fim, definitivamente, à primeira fase da história da União Soviética, caracterizada pela existência de liberdade política. Iniciou-se um período de lutas internas pela sucessão do poder entre a velha guarda bolchevique, liderada por Trotsky, e o aparelho burocrático, conduzido por Stalin. Essa disputa verificou-se, no campo teórico, através da oposição das teorias da revolução mundial, defendida pelos bolcheviques, e a do Socialismo num só país, criação stalinista. Através do jogo político de bastidores e da aplicação do terror generalizado, Stalin conseguiu derrotar seus opositores, assegurando o poder em nome de uma classe privilegiada: os apparatchiks17. No entanto, isso não ocorreu de maneira instantânea e sem a reação de alguns setores da população, contrários à nova linha política do Partido. Somente nos anos trinta, após a dizimação completa da antiga liderança bolchevique e de todas as forças internas de oposição, Stalin conseguiu consolidar sua hegemonia.


O Encouraçado Potemkin (25)

Essas transformações no cenário político da União Soviética se refletiram violentamente nas manifestações artísticas e, em especial, no cinema. Lunacharsky foi substituído, segundo ordens de Stalin, por Boris Shumgatsy, homem de sua "confiança". Progressivamente, a atmosfera de liberdade artística foi cedendo lugar à censura, à repressão e à transformação da arte em um instrumento vulgar de glorificação do Partido, de sua política e, mais tarde de seu líder, Stalin. Com a adoção do realismo socialista, em 1934, essa política foi oficializada e tomada como dogma. O cinema passou a servir, de modo irrestrito, aos interesses da burocracia, limitando-se a se constituir em uma ferramenta de educação para o ensino do "socialismo". Na verdade, seu único objetivo tornou-se a exaltação do Partido e de seu líder. Muitos artistas que haviam participado ativamente da Revolução não suportaram conviver com essa atmosfera de terror e acabaram se suicidando, como Maiakovsky e Essenin.

Os cineastas não podiam mais escolher os temas de seus filmes e todos os detalhes de seu trabalho eram submetidos à apreciação do Partido. Cada roteiro, por exemplo, tinha que ser analisado por 28 repartições de censura antes de ser liberado. Sem falar da equipe de produção que era, muitas vezes, indicada por burocratas, sem nenhum critério de escolha que não o político rasteiro.


O Velho e o Novo / A Linha Geral (30)

Em 1927, quando já tinha iniciado as gravações de um filme sobre as fazendas coletivas, denominado, inicialmente, de O novo e o velho, Eisenstein teve que interromper seu trabalho para atender a uma solicitação do partido: realizar um filme sobre a Revolução de Outubro em vistas da comemoração do seu décimo aniversário. Para a produção, Eisenstein contou com abundantes recursos e com toda a infra-estrutura de que necessitou. O Palácio de Inverno ficou a sua disposição durante meses e, como havia racionamento de energia, a cidade de Leningrado teve que permanecer sem luz durante várias noites em função do filme.


O Velho e o Novo / A Linha Geral (30)


Outubro é uma película que, apesar de manter muitas das características dos filmes anteriores do diretor, já demonstra algumas transformações de estilo. Esse filme é o resultado da aplicação de um novo método de montagem elaborado pelo diretor, denominado de "montagem intelectual". Esse método visava a cinematização de conceitos abstratos, de fenômenos intelectuais e de teses logicamente formuladas. Uma película não teria por objetivo a narração de acontecimentos, mas sim de sistemas de noções que seriam apreendidos pelo espectador através do esforço intelectual, auxiliado por estimulantes visuais, auditivos e bio-motores. O grande sonho de Eisenstein, no que concerne ao cinema intelectual, era realizar um filme que retratasse nas telas O Capital de Marx, o que nunca foi permitido por Stalin.


Karl Marx


Outubro apresenta ao espectador alguns episódios que marcaram o período compreendido entre fevereiro e outubro de 1917. A participação do Partido Bolchevique é destacada, mas seu papel não é exaltado. A única liderança que se destaca é a de Lenin. Stalin não aparece no filme nenhuma vez. Na realidade, estamos nos referindo à versão oficial, posterior à censura. O filme original tinha quase três horas de duração: mais de uma hora de filme foi cortada, sobretudo as cenas nas quais Trotsky, Zinoviev e Kamenev apareciam. No único momento da versão final do filme em que Trotsky aparece, sua atuação é distorcida e apresentada de um ângulo negativo.

continua...