quarta-feira, 30 de abril de 2008

Estréias da Semana no Cinema Brasileiro (30/04)

Condor (2007)
"Condor" foi o nome dado à cooperação entre governos militares sul-americanos que culminou com o seqüestro e assassinato de milhares de pessoas e no exílio de muitas outras. Este filme é uma análise humana e contemporânea desses eventos. Ele conta uma história de terrorismo de estado, mas acima de tudo conta histórias de pessoas e a procura pela verdade e pela justiça. Entre os entrevistados estão o general Manoel Contreras (braço direito de Pinochet), Pinochet Jr., Jarbas Passarinho e Hebe de Bonafini (Madre de Mayo), assim como outros militares, vítimas, ativistas políticos, crianças que haviam desaparecido e seus parentes.

Desonra (2005)
"Desonra", filme do diretor e roteirista Masahiro Kobayashi, traz um olhar crítico sobre alguns preconceitos da sociedade japonesa. O filme, foi exibido na 29ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em 2005, com o título "Humilhação". Com base em relatos reais, o filme mostra como foi a recepção dos reféns japoneses seqüestrados por rebeldes iraquianos em 2004, quando finalmente voltaram ao seu país. Não apenas foram sistematicamente hostilizados em suas comunidades, como também viram seus familiares tornarem-se alvos de discriminação por parte de uma sociedade em que as tradições pesam fortemente. Para ilustrar essa dramática situação, Kobayashi conta a história da personagem Yuko (Fusako Urabe), que recebe toda a sorte de insultos desde o início da história. A moça é agredida verbalmente, por vezes até fisicamente, por seus antigos amigos e namorado, pelos colegas de trabalho -- do qual ela acaba demitida -- e por desconhecidos na rua. Mesmo em sua casa, o tormento não tem fim. Sua mãe (Nenê Otsuka) não a defende, permanecendo omissa. O pai (Ryuzo Tanaka) dá a entender que está conformado com a situação, pedindo paciência à filha. Yuko isola-se em seu quarto, o único refúgio aparente. De fato, o diretor não apresenta claramente o motivo da rejeição. Entre os xingamentos e telefonemas anônimos perturbadores, seu perseguidores questionam a protagonista: "Você gosta de fazer o que quer, não?" Presume-se, portanto, que a independência da protagonista, ao decidir viajar sozinha para o Iraque, para trabalhar como voluntária, foi uma afronta social. Na visão dos que a perseguem, o seqüestro, no fim, foi uma das punições que ela mereceu.

Homem de Ferro (2008)

A vida do inventor e maior fornecedor de armas do governo americano Tony Stark nunca mais será a mesma depois que ele é atacado e mantido refém por um grupo de rebeldes afegãos. Ferido por estilhaços de granada que se alojam perto de seu coração, Tony recebe a ordem de construir no cativeiro uma devastadora arma, mas, em vez disso, usa suas habilidades para criar uma armadura que permite que ele consiga fugir. Ao retornar aos Estados Unidos, Tony promete dar um novo rumo às Indústrias Stark. Ele passa dias e noites desenvolvendo e aperfeiçoando uma avançada armadura que lhe propiciará uma força sobre-humana. Quando Tony descobre um plano abominável com implicações globais, jura proteger o mundo como sua nova personalidade, o Homem de Ferro. Extras: Uma das histórias em quadrinhos originais da Marvel, Homem de Ferro teve um longo e próspero trajeto desde as primeiras aparições do personagem, em abril de 1963. Criado por Stan Lee, Larry Lieber, Don Heck e Jack Kirby, o alter ego do "Homem de Ferro", Tony Stark, foi inspirado em parte pela personalidade do ícone americano Howard Hughes. “Hughes era um inventor, aventureiro, multimilionário, galanteador e também um doido”, diz o produtor executivo Stan Lee. Foi o caráter imperfeito do super-herói e seu estilo de vida de playboy que fizeram as histórias em quadrinhos do "Homem de Ferro" virarem a próxima franquia da Marvel e o primeiro filme sob a nova bandeira da empresa, Marvel Studios. Logo no início da produção do filme, a Marvel encarou o desafio de encontrar um diretor que não apenas desse conta dos aspectos técnicos que envolvem a execução de um grandioso filme de ação, mas alguém que pudesse sobretudo introduzir no enredo o elemento humano tão presente nos personagens de histórias em quadrinhos. Para a equipe criativa da Marvel, a potencial lista de diretores começou e terminou com Jon Favreau.

Maratona do Amor (2008)

"Maratona do Amor" é uma comédia romântica de pequeno orçamento que marca a estréia do ator David Schwimmer, o Ross do seriado "Friends", como diretor. Simon Pegg interpreta Dennis, um cara imaturo que deixa a noiva grávida no altar e passa o resto da vida se arrependendo dessa covardia. Cinco anos depois daquele momento de suprema hesitação, Dennis está trabalhando como segurança em uma loja de lingerie refinada em Londres. O inimigo número 1 do personagem é um travesti que rouba roupas na loja, e depois foge do segurança em uma corrida de curtíssimo fôlego. Thandie Newton, atriz que se destacou em dramas como "Crash - No Limite" e "À Procura da Felicidade", parece determinada a insistir na comédia (seu último papel foi em "Norbit") e interpreta Libby, a noiva abandonada. O fato de que ela tenha sido escalada para o papel faz com que todos nós duvidemos ainda mais da sanidade de Dennis. Libby é dona de uma padaria, cujo nome ousado é um dos muitos trocadilhos que servem para relembrar o público de que as comédias permitidas para menores têm seus momentos de atrevimento. Ainda que Libby esteja envolvida com outro homem, ela encoraja o relacionamento entre Dennis e o filho deles, Jake, interpretado de maneira segura e sem exageros por Matthew Fenton. Ele gosta do pai, mas parece preferir o novo namorado da mãe. Para agravar ainda mais as coisas, Whit, o atraente namorado novo (Hank Azaria) vai correr uma maratona - e para fins de caridade. O barrigudo e impulsivo Dennis imediatamente declara que fará a mesma coisa (o que justifica o título "corra, gordinho, corra"). Dennis não é gordo. Ele só não está em forma. Fuma. Bebe uma cerveja ocasionalmente.

O Sonho de Cassandra
(2007
)

A história é a de dois irmãos, Ian (Ewan McGregor) e Terry (Colin Farrell), que sobrevivem de maneira modesta. Ian ajuda o pai no pequeno restaurante da família. Terry sonha com a sorte grande em todo tipo de aposta, do pôquer à corrida de cães. Acontece que Terry aposta (e perde) mais do que pode. Ian se apaixona por uma jovem atriz (Hayley Atwell) e vê sua necessidade de dinheiro crescer. Enfim, dinheiro é mais uma vez o motor da história (assim como fora em "Ponto Final - Match Point", com o protagonista dividido entre um casamento por interesse e a paixão sensual por Scarlett Johansson). Um agente externo irá transformar essa mistura de ambição e desejo, própria da natureza humana, em um coquetel explosivo. Esse fator aparece na figura de um tio, o homem de negócios Howard (Tom Wilkinson), que pode fornecer o dinheiro que os jovens necessitam para resolver seus problemas. Mas exige uma coisa em troca, porque, afinal, uma mão lava outra, e negócios íntimos se resolvem assim, em família, pois laços de sangue tornam os acordos sagrados. Mesmo os acordos mais escabrosos. EXTRAS: Em entrevista, o diretor Woody Allen revelou que tem preferência por filmes dramáticos, mas que faz comédias por causa das altas bilheterias geradas, alegando que o cinema precisa de dinheiro para se sustentar. Allen explicou porque sua carreira é tão repleta de comédias. "Eu podia fazer rir e me empurraram nesta direção”. O cineasta ainda afirmou que não se acha totalmente um diretor desse gênero: "Há pessoas que acham minhas comédias muito tristes. Acho que não sou completamente cômico nem totalmente trágico, mas simplesmente realista". Conhecido por filmar rapidamente suas produções, Allen revelou o porquê disso acontecer. "Tenho vontade de avançar e terminar o filme. Falta-me paixão", disse o cineasta.

Zona do Crime
(2007)

O filme conta a história de um condomínio fechado na Cidade do México que é invadid
o por criminosos. Os moradores do condomínio decidem fazer justiça sem as autoridades policiais, mas a polícia não demora em chegar à zona do crime. O único sobrevivente, um menino, vai se esconder perto da casa do pequeno Alejandro. O suspense "Zona do crime", acontece na Cidade do México, mas poderia ser em qualquer outro grande centro urbano. O título original, "La Zona", é o nome de um condomínio de classe média com segurança extremamente equipada e que vive seguindo suas próprias leis. De um lado ficam os ricos, com suas casas luxuosas e vidas confortáveis. Bem ao lado, está uma enorme favela a perder de vista. Um mundo não interfere no outro, apesar de existir uma tensão natural. Uma tempestade acaba com esse falso equilíbrio. Uma placa cai sobre o muro do condomínio, abrindo uma brecha para o outro lado. Três jovens pobres não perdem a chance de entrar naquele lugar proibido e praticar pequenos roubos. Tudo sai errado, com conseqüências trágicas. Eles matam uma moradora e dois deles são mortos por habitantes do condomínio, que também ferem acidentalmente um segurança.

Woody Allen lança "O Sonho de Cassandra"


Aos 72, Woody Allen lança "O Sonho de Cassandra", que estréia hoje no Brasil, reclamando de Hollywood, da velhice, da crítica e até de seus filmes... Em entrevista a Bruno Lester, da International Feature Agency, nega que seja um "intelectual": "Não me interesso por livros complicados". Allen comenta ainda o lado trágico de "Cassandra", em que Ewan McGregor e Colin Farrell vivem irmãos endividados que recebem proposta para cometer um crime.

PERGUNTA - Do que trata "O Sonho de Cassandra"?
WOODY ALLEN - É simplesmente a história de alguns jovens muito simpáticos que se envolvem numa situação trágica, em função de suas fraquezas e ambições. A intenção deles é boa. Eles foram educados com decência, mas os acontecimentos e seus próprios atos os conduzem a um final trágico.

PERGUNTA - Como "Crimes e Pecados", é sobre morte e culpa.
ALLEN - Sempre me interessei pelo assassinato e pelo lado sombrio do drama e da tragédia. O assassinato é uma das ferramentas que dramaturgos e cineastas vêm usando há séculos para elucidar o que querem mostrar, quer fossem tragédias gregas, Shakespeare ou, mais adiante, os suicídios nas peças de Arthur Miller. Tirar a vida é um ato muito dramático e que me interessa muitíssimo.

PERGUNTA - Fazia algum tempo que você não criava um drama.
ALLEN - Acontece que meus pontos fortes mais evidentes sempre foram cômicos, mas eu sempre quis ser um escritor trágico -escritor de materiais trágicos. Finalmente, agora que estou ficando mais velho, estou tendo a chance de fazê-lo.

PERGUNTA - Você disse uma vez que a vida é "uma experiência bastante trágica".
ALLEN - Sempre senti que a vida é uma confusão muito grande. Tenho uma visão sombria e pessimista da vida e da fé do homem, da condição humana. Mas acho que há alguns oásis extremamente divertidos no meio dessa miragem. Há momentos de prazer e momentos que são divertidos, mas, basicamente, a vida é trágica.

PERGUNTA - Por que você deixou de fazer filmes nos EUA?
ALLEN - É mais fácil conseguir financiamento na Europa. Me dão mais liberdade, porque se respeita o artista mais do que nos EUA. Quando estúdios de Hollywood financiam meus filmes, eles interferem muito. Na Europa, me deixam fazer o que eu quiser. Além disso, aqui eu consigo fazer filmes a um custo mais baixo, e eles não ficam parecendo filmes feitos com pequeno orçamento.

PERGUNTA - "O Sonho de Cassandra" foi recebido com frieza em Veneza, em setembro do ano passado. Você lê as críticas de seus filmes?
ALLEN - Não o faço há 30 anos. Elas não me ajudam. Também nunca assisto a documentários ou leio artigos a meu respeito, porque representam imagens de mim que não reconheço. Não fiz nada de diferente em "O Sonho de Cassandra" do que fiz em outros filmes anteriores.

PERGUNTA - Todo ano há um novo filme de Woody Allen. Como se explica você ser tão produtivo?
ALLEN - É o que faço e tenho bastante tempo livre. Tenho metade do ano sem nada para fazer. Quando termino um filme, fico parado em meu apartamento, caminho pelas ruas, e então tenho uma idéia e penso: "Meu Deus, isso vai ser um outro "Cidadão Kane'!". Começo a escrever e, em pouco tempo, estou com um roteiro. É claro que, quando o resultado está ali, não é nenhum "Kane".

PERGUNTA - Você já recebeu 21 indicações e três Oscars (roteiro e direção de "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa" e roteiro de "Hannah e Suas Irmãs"). O que está faltando? Você pensa em se aposentar algum dia?
ALLEN - Enquanto puder continuar a fazer filmes, não vejo razão para não fazê-los. O que mais deveria fazer? Gosto de trabalhar. Sinto prazer em escrever, é meu hobby.

PERGUNTA - E sua saúde é boa.
ALLEN - Nunca estive no hospital; ainda sou ativo. Tenho bons genes. Minha mãe chegou aos 98 anos; meu pai, aos 100. Mas envelhecer é uma coisa terrível. Minha vista já não é o que era, perdi um pouco da audição, a comida não tem o mesmo gosto. Não ganhei sabedoria nenhuma. Não há nada de bom em envelhecer. Você simplesmente deteriora e morre.

PERGUNTA - É mais fácil escrever comédias do que dramas?
ALLEN - Sei mais sobre a comédia, então ela parece vir à tona a todo momento. É claro que quem escreve comédia pensa que a verdadeira essência do mundo está nas mãos dos escritores de dramas sérios. E não há nada que os autores de dramas sérios gostariam mais do que escrever comédias.

PERGUNTA - Por que você não anda atuando tanto quanto antes?
ALLEN - Eu atuo apenas quando acho que sou a pessoa perfeita para o papel. Não sou realmente um ator. Sou muito, muito limitado. Sou capaz de dizer falas espirituosas curtas, e isso é divertido. Consigo representar o tipo de personagem nova-iorquino neurótico que se assemelha ao que sou na vida real.

PERGUNTA - Quando passa algum tempo sem atuar, sente falta disso?
ALLEN - Não. Não me chatearia se eu nunca mais voltasse a atuar. Não ligo. Acho difícil avaliar minha própria performance quando estou na sala de edição. Quase sempre me odeio. É tão constrangedor ver sua imagem na tela grande, agindo como uma pessoa tola. Então, minha tendência é jogar fora muitas coisas que faço, enquanto outras pessoas dizem: "Oh, não tire isso do filme, isso é engraçado". Então, o que você vê na tela -acredite se quiser- é a destilação do que eu consegui fazer de melhor. Portanto, você pode imaginar o que vai parar na máquina de picar papel!

PERGUNTA - Por que você não deixa seus atores lerem o roteiro inteiro?
ALLEN - Constatei que, se eles não sabem o que está acontecendo, não representam o resultado de suas ações. Eles não atuam sabendo para onde vai o roteiro -atuam de maneira muito espontânea, porque não têm certeza do que está acontecendo. E, de fato, os personagens não devem saber o que está acontecendo.

PERGUNTA - Você é conhecido por não dar muita direção.
ALLEN - Não gosto de sobrecarregar atores com muita conversa, análise e direção. Contrato as melhores pessoas, e então saio do caminho delas. Dou liberdade enorme aos atores.

PERGUNTA - "Vicky Cristina..." é estrelado por Scarlett Johansson. É o terceiro filme que fazem juntos. O que há de especial nela?
ALLEN - Ela tem tudo: é linda, sexy, inteligente, divertida, espirituosa e boa para se trabalhar. Gosto de tudo nela. Se ela mantiver a cabeça no lugar nesse campo de trabalho maluco, o futuro será dela.

PERGUNTA - Como você se sente com a história de ela ser descrita como sua musa?
ALLEN - Fico grato quando a chamam de minha musa, mas não é verdade. Com Diane Keaton, foi diferente. Fizemos oito ou nove filmes e tínhamos uma ligação especial. Mas gosto de trabalhar com Scarlett.

PERGUNTA - Você fica nervoso durante as filmagens?
ALLEN - Nunca fico nervoso quando estou escrevendo ou dirigindo, mas o pânico se instala no momento da montagem, quando você vê tudo o que fez. É um banho de água fria.

PERGUNTA - Você não costuma ficar satisfeito com os resultados?
ALLEN - Não. Quando está filmando, você sempre pensa que está fazendo história, e, quando termina, você diz: "Meu Deus, o que eu fiz?". Sempre pensei que tenho um pouco de talento e muita sorte.

PERGUNTA - De quais filmes seus você se orgulha mais?
ALLEN - Tenho três dos 39 filmes que fiz: "Match Point", "A Rosa Púrpura do Cairo" e "Maridos e Esposas". Todos os outros, eu gostaria de refazer.

PERGUNTA - Alguma vez você já ficou tão decepcionado com um filme que não queria que estreasse?
ALLEN - Fiquei muito decepcionado com "Manhattan". Prometi ao estúdio que, se não o lançasse, eu faria o filme seguinte de graça. Mas o estúdio se recusou, e o filme teve bom desempenho. Com "Setembro", foi o mesmo. Disse ao estúdio que queria refilmar tudo.

PERGUNTA - Você é admirado por outros cineastas. Você enxerga a sua influência no trabalho deles?
ALLEN - Nunca senti que influenciei ninguém. Não quero que isso soe como falsa modéstia, mas sempre pude sentir a influência de meus contemporâneos -Martin Scorsese, Francis Ford Coppola, Robert Altman, Steven Spielberg- e nunca vi minha influência sobre ninguém.

PERGUNTA - Quem o inspirou mais?
ALLEN - Provavelmente os comediantes Groucho Marx e Bob Hope.

fonte: folha online

Blindness em Cannes


Depois do anúncio da participação na seleção oficial do 61º festival de Cannes, Fernando Meirelles (foto) divulgou, em nota oficial, os motivos que levaram seu filme "Ensaio Sobre a Cegueira" a só ser confirmado na mostra competitiva dias depois dos demais participantes.

"Há 15 dias fomos colocados numa espécie de limbo em relação à Cannes. Houve um convite para abrir o festival, mas, para a minha surpresa, o distribuidor francês não aceitou. Ele achava que o filme deveria estar na competição. Só que em Cannes os filmes de abertura em geral não competem. Instalou-se assim um impasse. Finalmente foi aberta uma exceção", explica. "Sinto-me tão feliz quanto nervoso com este espaço que nos foi dado. Sei que 'Ensaio Sobre a Cegueira' não é o filme mais adequado para anteceder um coquetel e uma festa e sei também que algumas pessoas se sentirão incomodadas com a história, apesar de não haver nada que seja apelativo ou de mau gosto no filme", conclui.

fonte: cineclik / uol cinema

Festival de Cinema de Maringá já tem 175 inscrições de filmes


As inscrições para a Mostra Competitiva do 5º Festival de Cinema de Maringá, que ocorre entre 24 e 29 de maio, se encerram no próximo dia 4 de maio.

Em três semanas, o festival recebeu 175 inscrições de filmes, provenientes de 17 Estados brasileiros, além do Distrito Federal, informou a organização do evento hoje (29).

Até o momento São Paulo é o estado com o maior número de inscritos, 54 obras. Em segundo lugar aparece o Rio de Janeiro, com 23 filmes. Empatados em terceiro lugar, com 14 filmes cada, estão os estados de Pernambuco e Paraná.
Os interessados que ainda não se inscreveram podem acessar o site oficial do evento, ler o regulamento e preencher a ficha de inscrição na própria página.

Além da participação de longas e curtas-metragens em 35mm, também serão aceitos curtas em plataforma digital e analógica na Mostra Competitiva deste ano.

Outra inovação ocorre nas premiações, já que os vencedores de melhor filme em longa e curta-metragem na opinião do público receberão a Menção Honrosa Viapar, o Troféu Cunha de Aço e uma premiação em dinheiro.

Os filmes também serão avaliados nas categorias técnicas --melhor montagem, melhor fotografia, melhor som direto, melhor ator, melhor atriz, melhor música, melhor figurino e melhor cenografia-- e os vencedores receberão o Troféu Cunha de Aço.

Os filmes que concorrerão à mostra serão pré-selecionados por uma comissão julgadora formada por jornalistas, artistas plásticos, produtores culturais e publicitários.

fonte: folha online

Pedro Almodóvar conta como surgiu "Los Abrazos Rotos"


O cineasta espanhol Pedro Almodóvar ("Volver") revelou em entrevista a uma revista de cinema italiana como conseguiu tirar proveito de sua enfermidade para criar um novo filme. Com uma freqüente dor de cabeça e ataques de fotofobia (sensibilidade à luz), o diretor se inspirou para fazer "Los Abrazos Rotos".

"Vivi por meses como prisioneiro de um quarto escuro: não podia acender a luz, nem ver dvd's ou escrever usando o computador. Um verdadeiro paradoxo para um diretor que ama as cores acesas e vivas em meio aos refletores", contou Almodóvar à revista Ciak.

Almodóvar só podia fantasiar e assim concebeu seu novo filme "sem nenhum elemento autobiográfico, nenhuma dor de cabeça nem intensas terapias neurológicas "(como aconteceu com ele).

"É, na verdade, um filme romântico de amor e de traições dolorosas, em que a escuridão terá um papel determinante para a protagonista Penélope Cruz", completou. No longa, a atriz vive uma personagem com vida dupla. Primeiro caracterizada como mulher da dor, sofrida e morena. Depois uma moça espirituosa, popular e bonita.

"Los Abrazos Rotos" tem previsão de estréia para março de 2009 na Espanha.

fonte: cinema com rapadura

terça-feira, 29 de abril de 2008

Cegueira abrirá Cannes


A organização do Festival de Cannes acaba de informar que Cegueira (Blindness), de Fernando Meirelles, será mesmo o filme de abertura do evento – confirmando especulações que vinham circulando pela internet desde a manhã dessa terça-feira.
Co-produção entre Canadá, Brasil e França, Cegueira (fotos) é uma adaptação do romance de José Saramago (
Ensaio sobre a cegueira) estrelada por Julianne Moore, Mark Ruffalo, Danny Glover, Gael Garcia Bernal e Alice Braga.
O filme, que no Brasil será distribuído pela Fox, com estréia prevista para setembro, fará parte da competição.

Outros dois longas-metragens foram incluídos na disputa pela Palma de Ouro: Two Lovers, de James Gray, estrelado por Gwyneth Paltrow, Joaquim Phoenix e Bruce Willis, e Entre les murs, de Laurent Cantet. O encerramento ficará por conta da comédia What Just Happened?, de Barry Levinson, com Robert De Niro. Hunger, do cineasta e artista britânico Steve McQueen, será o filme inaugural da mostra Um Certo Olhar.
Cannes anunciou também mais dois integrantes do júri oficial: a atriz francesa Jeanne Balibar e a cineasta Marjane Satrapi, que ano passado ganhou o Prêmio do Júri com Persépolis. Elas se juntam a Sean Penn (presidente), Natalie Portman, Alexandra Maria Lara, Apichatpong Weersethakul, Alfonso Cuarón, Sergio Castellitto e Rachid Buchared.

Visite o blog


fonte: filme B

Prorrogadas as inscrições para a Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis


Os interessados em participar da 7ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis terão mais alguns dias para efetuar sua inscrição.

O prazo final foi prorrogado até o dia 10 de maio, sendo que podem participar filmes e vídeos realizados a partir de janeiro de 2007 ou que sejam inéditos em Santa Catarina.

As inscrições devem ser feitas no site da Mostra.

fonte: adoro cinema

David Lynch desembarca em agosto no Brasil para lançar livro


Quem desembarca no Brasil em agosto é David Lynch. O cineasta americano vai passar por São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Brasília para lançar seu livro "Em Águas Profundas: Criatividade e Meditação". Na verdade ele deveria ter baixado por aqui em julho, pra participar da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), mas por conta de sua agenda lotada ele precisou cancelar a viagem.

Em seu livro, Lynch fala de filmes, espiritualismo, meditação e sobre a própria vida em 84 breves textos. O material foi reunido durante as três décadas em que ele realiza palestras sobre a prática da meditação que, segundo o diretor, o ajudou a concentrar suas energias.

fonte: uol cinema / glamurama notas

À Deriva: Heitor Dhalia fala de seu longa com elenco internacional


O drama À Deriva, novo trabalho do diretor Heitor Dhalia, de Nina e O Cheiro do Ralo, já está sendo bem comentado na web por conta de seu elenco internacional, que conta com Camilla Belle (Quando um Estranho Chama, 10.000 A.C.), Vincent Cassel, Déborah Bloch e Taís Araújo. Agora ele fala do projeto.

Ao blog Ka_Kaos, Dhalia disse que procurava uma história de praia, algo que não tem traços autobiográfico mas é "fortemente pessoal". A trama da garota de 14 anos que descobre que seu pai tem uma amante "parece uma história leve, mas é muito mais profundo do que parece. Fala de família, que é o grande tema universal e esse é um tópico delicado para todo mundo", nas palavras do diretor.

Sobre a presença de Cassel: "Estava com dificuldade de achar um bom ator na faixa dos 40. Então, como é uma co-produção da O2 com a FOX, achamos que alguém de fora poderia ser interessante. Um dia, durante o carnaval, eu tinha trabalhado muito e resolvi parar para ver TV. A emissora mostrou um desses camarotes da avenida e apareceu o Vincent Cassel com a Mônica Belucci. Ele deu a entrevista em Português. Aí me deu um click na hora: É ele".

Dhalia fala da influência de François Truffaut, das qualidades de Camilla Belle e até de próximos projetos. Confira lá no blog.

As filmagens começaram este mês em Búzios. A estréia acontece em 2009.

fonte: omelete

Sean Penn lidera caravana de militantes


O ator Sean Penn ("21 Gramas") quer, além de combater a guerra no Iraque e pobreza, ajudar a salvar o meio ambiente. O ator surpreendeu muita gente quando seu nome foi anunciado na programação do Festival de Música e Artes de Coachella Valley, realizado no sul da Califórnia.

Penn embarcou em um comboio de ônibus movido a biodisel levando cerca de 300 pessoas numa viagem de mais de 2000 quilômetros, que terminaria em Nova Orleans. O comboio nomeado "Caravana Mãos Sujas" partiu nesta segunda-feira, 28, e deve chegar em Nova Orleans no dia 4 de maio, em tempo para o festival anual de jazz da cidade.

"Vejo isto como uma prestação de contas", disse Penn. "Minha geração e as que a antecederam precisam reconhecer até que ponto inibimos a iniciativa dos jovens de hoje, que estão sedentos por transformações e são mais imaginativos e inteligentes que nós."

O ator disse ainda que vai simplesmente fornecer o transporte, mas que a caravana será dirigida pelos jovens. "A Caravana Mãos Sujas quer dar poder aos jovens para eles defenderem aquilo em que acreditam", completou.

Enquanto os ônibus movidos a biodiesel percorrem as cidades americanas, a idéia é que os membros da caravana se ofereçam para trabalhar como voluntários para organizações locais ou para fazer qualquer coisa que se sintam inspirados a fazer. "Encorajando os indivíduos a tomar atitudes individuais", a caravana vai parar em campings, onde promoverá encontros com músicos, artistas, ativistas, cineastas e palestrantes convidados.

fonte: cinema com rapadura

Steven Soderbergh anuncia próximo projeto


Steven Soderbergh, um dos realizadores mais cogitados de Hollywood, está de projeto de novo, nomeado "Girlfriend Experience". Ele é o responsável por filmes de grande sucesso como "Um Bom Alemão", "Syriana", "Boa Noite e Boa Sorte", "Onze Homens e Um Segredo", e suas seqüências. O diretor também possui em sua estante um Oscar de Melhor Diretor por "Traffic".

Agora, o americano de ascendência sueca se envolve com este novo trabalho, que se centra em um mundo de prostituição, tomando como ponto de partida uma garota que cobra 10.000 dólares a noite. O roteiro ficará por conta de Brian Koppelman e David Levien. Esta dupla já estava preparando a história quando Soderbergh rodava “Treze Homens e Um Novo Segredo”.

Em vez de escolher grandes estrelas, é muito provável que Soderbergh contrate uma atriz de películas para adultos para desempenhar o papel principal. Ainda sim, não é de estranhar que venha contar com a participação de George Clooney (Código de Ataque), seu ator fetiche, que vem participando em muitas produções do realizador.

fonte: cinema com rapadura

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Começa o 12º Cine PE - Festival do Audiovisual de PE


A partir desta segunda-feira (28/4) até o dia 4 de maio, ocorre a 12ª edição do CINE PE - Festival do Audiovisual de Pernambuco. O Teatro Guararapes, em Olinda, será o palco das exibições presentes no festival, considerado um dos que possui o maior público de todo o Brasil - cada sessão tem em média 3,5 mil pessoas.

Além das mostras competitivas, o evento promove atividades como oficinas técnicas, seminários, lançamentos de livros, exposição, mostra infantil de cinema brasileiro, mostra em bairros populares e mostra de cinema latino.

Ao longo desses 12 anos, mais de 200 mil pessoas prestigiaram as sessões do evento, sendo que quase 1.500 projetos foram exibidos. Esta edição terá como homenageados o produtor Luiz Carlos Barreto (O Homem que Desafiou o
Diabo), o ator e diretor Nelson Xavier (Narradores de Javé) e a atriz Lucélia Santos (O Sonho Não Acabou). Eles receberão o prêmio Calunga de Ouro no dia 4 de maio, durante a cerimônia de encerramento.

Devido ao grande número de trabalhos pernambucanos inscritos (31 curtas em vídeo, 17 em 35 mm e 11 longas-metragens), a direção do festival promove também a Mostra Pernambuco, com as produções locais, que estarão sujeitas a uma premiação especial, além da tradicional exibição dos curtas em competição.

Oito longas-metragens disputam os principais prêmios do festival, que recebeu inscrição de 77. Simples Mortais e Guia Prático, Histórico e Sentimental da Cidade do Recife abrem a programação nesta segunda-feira (28/4). Os longas selecionados são:

- Bodas de Papel (SP), de André Sturm

- Brizola: Tempos de Luta (RS), de Tabajara Ruas
- Guia Prático, Histórico e Sentimental da Cidade do Recife (PE), de Leo Falcão
- Nossa Vida Não Cabe Num Opala (SP), de Reinaldo Pinheiro
- O Retorno (SP), de Rodolfo Nanni
- Olhar de um Cineasta (SC), de César Cavalcanti
- Ouro Negro (RJ), de Isa Albuquerque
- Simples Mortais (DF), de Mauro Giuntini

Confira a programação em: www.cine-pe.com.br

fonte: cineclik

Romero abrirá o Festival Internacional de Cinema Fantástico do Rio de Janeiro


Como a distribuidora Imagem Filmes estuda lançar Diary of the Dead direto em DVD no Brasil, as poucas chances de ver o novo filme de George A. Romero (Terra dos Mortos) na telona valem ouro. Uma dessas chances ocorrerá no RIOFAN - Festival Internacional de Cinema Fantástico do Rio de Janeiro.

O evento entre os dias 30 de abril e 11 de maio no Estação Botafogo, nas salas da Caixa Cultural e na Cinemateca do MAM. Diário dos Mortos é o longa de abertura - no dia 30, Cine Odeon. Informações sobre ingresso no site oficial do RIOFAN, por e-mail (info@riofan.com.br) ou pelo telefone (21) 2262-2701.

No site oficial também tem a programação completa, que homenageia Zé do Caixão, H.P. Lovecraft e, entre uma centena de filmes, exibe também documentários e curtas-metragens.

fonte: omelete

Egito é recriado em Malta para o épico Agora


O épico Agora, o novo filme do cineasta chileno Alejandro Amenábar, que despontou com Os Outros e não fez mais nada desde Mar Adentro, começou a ser rodado em março. O Egito está sendo reconstruído em Malta, na ilha de Delimara - confira acima uma foto do set.

O épico egípcio estrelado por Rachel Weisz (Fonte da Vida) e Max Minghella (Art School Confidential), ambientado no século 4, Weisz vive a filósofa e astróloga Hypatia de Alexandria, que luta para salvar a sabedoria do mundo antigo. Minghella será o escravo dela, Davus, que se divide entre seu amor por Hypatia e a possibilidade de ganhar a liberdade unindo-se ao crescente cristianismo.

O roteiro é de Amenábar e seu usual parceiro Mateo Gil. As filmagens acontecem em Malta até junho.

fonte: omelete

Curta fluminense é o grande vencedor de festival sergipano


O curta fluminense "O Lobinho Nunca Mente", de Ian SBF (foto), foi o grande vencedor do 8º Curta-SE (Festival Ibero-Americano de Curtas-Metragens de Sergipe), realizado em Aracaju (SE). O filme foi considerado o melhor curta ibero-americano pelo júri popular.

Na trama, um jovem que mora sozinho bate a cabeça ao cair de uma cadeira em sua casa e fica paralisado, mexendo apenas os olhos. Durante três dias, ele repensa sua vida, seus pecados e defeitos, de forma bem humorada, apesar da situação.

Muito feliz ao receber, na noite de sábado, o troféu "Ver ou Não Ver", o diretor afirmou que gosta da maneira como sua obra vem sendo recebida pelo público. "Fiz esse filme para ser visto", completou Ian.

O documentário "Cine Zé Sozinho", de Adriano Lima, foi o vencedor na categoria "melhor curta com temática nordestina".O filme conta a história de José Raimundo Cavalcante, o Zé Sozinho, cinéfilo que vive no interior do Ceará. Após ganhar um projetor na década de 1970, passou a rodar pelo interior do Ceará projetando filmes em salas improvisadas.

Além do troféu, o diretor, que não esteve presente na cerimônia de premiação, receberá R$ 5 mil. Lima contou à Folha Online na última quarta-feira (23) que gostaria de ganhar um prêmio em dinheiro "que desse para comprar uma casa para o Zé Sozinho", pois seu maior sonho era ter o próprio lar. Com o dinheiro recebido pelo diretor, talvez o desejo do cinéfilo finalmente se torne realidade.

"Engano", de Cavi Borges, foi o vencedor na categoria "curta de ficção". O filme apresenta o ponto de vista de duas pessoas ao mesmo tempo. Do lado esquerdo da tela, um rapaz no metrô faz uma ligação de seu celular. Na direita, uma mulher atende a esta chamada enquanto caminha pelas ruas. Ambientado no Rio de Janeiro (RJ), o curta mostra em uma só tomada todo o diálogo e o desencontro dessas pessoas.

O melhor documentário ibero-americano foi "Dreznica", de Anna Azevedo. A obra expõe por meio de relatos de cegos todo o drama da falta de visão. Para acompanhar as narrações, todas em off, há uma sucessão de imagens desfocadas e às vezes desconexas que dão a idéia de como funcionam a imaginação e os sonhos dos entrevistados.

"Pajerama", do paulista Leonardo Cadaval, recebeu o prêmio de melhor curta de animação. O filme mostra um indiozinho caçando em uma selva verde que, séculos mais tarde, se tornará a metrópole São Paulo. Durante seus passeios, tem diversas premonições apavorantes de como a tranqüilidade daquela região seria afetada pelo progresso e pela tecnologia.

"Ele", criação de 150 alunos da rede municipal de Vitória (ES). recebeu uma menção honrosa. "Esse prêmio é uma vitória das crianças de Vitória", disse Ariane Piñeiro, diretora da animação. A obra conta a história do compositor carioca Noel Rosa, que, com muito talento, retratou em canções o Rio de Janeiro da primeira metade do século 20.

Pela qualidade dos 25 curtas inscritos, a organização do festival decidiu criar um prêmio especial para laurear o documentário "O Evangelho Segundo Seu João", de Leonardo Gomes. O filme mostra a história de Seu João, um homem de 74 anos que, apesar de não saber ler, é considerado um sábio e não deixa perguntas sem respostas.

Dois atores também foram laureados com troféus "Ver ou Não Ver". Vandré Silveira recebeu o prêmio de melhor ator de curta por seu papel em "Bárbara". "Dedico este prêmio à diferença", disse o ator após ser premiado.

Dirigido por Carlos Grandim, o filme mostra o encontro da travesti que nomeia o filme com seu pai à beira da morte em decorrência de um câncer de pulmão. Rejeitada, Bárbara sofre com o ódio ao diferente apresentado não só por seu pai, mas por toda a sociedade.

A melhor atriz, na opinião do público, foi Yarsin Tedesco, de "A Peste da Janice". A ficção de Rafael Figueiredo mostra toda a crueldade que as crianças podem esconder por trás de uma máscara de inocência.

Vídeos

O grande vencedor na categoria "vídeo sergipano", segundo o júri oficial, foi o documentário "Deu bode", de Fátima Góes. O filme conta a engraçada e curiosa história do bode que tinha o costume de acompanhar procissões, desfiles cívicos e até enterros.

Já para o público, o melhor vídeo de Sergipe foi o documentário"A verdadeira imagem". A diretora, Karla Dias, disse que não esperava receber o prêmio. "Mas é muito bom ter seu trabalho reconhecido."

O filme conta a história da Festa do Senhor dos Passos, que acontece anualmente em São Cristóvão, cidade próxima a Aracaju. Cerca de 150 mil pessoas vão até lá para acompanhar o encontro das imagens de Jesus com a de Nossa Senhora. Considerada herança patrimonial do Estado e com mais de 200 anos, essa tradição mantém-se viva no século 21.

Para o júri oficial, o melhor vídeo ibero-americano do 8º Curta-SE foi a animação "Rua das Tulipas", de Alê Camargo. A obra --cuja historia gira em torno de um inventor que "conserta" o problema dos outros, mas não os seus próprios-- também foi premiada na categoria "melhor vídeo de animação".

"Unconscious", de Ricardo Nunes, recebeu o prêmio de melhor vídeo, segundo votação popular. "É uma verdadeira satisfação este prêmio. Viajei 12 horas para mostrar meu trabalho ao meu povo." Nunes é sergipano, mas mora atualmente em Londres. Filmado em inglês, o vídeo narra os encontros de um casal que se conhece na Inglaterra.

"Vida de balcão", de Luciano Coelho, recebeu o prêmio de melhor vídeo documentário. Lançando mão de diversos donos de armazéns, o filme mostra a resistência destes estabelecimentos à urbanização e às transformações que as grandes cidades passam.

O melhor vídeo de ficção foi "Um pra um", do paulista Érico Rassi. O filme foi rodado diretamente, sem cortes, repetições ou mudanças de planos.

Melhor vídeo de bolso foi para "Um tango para derrubar o poder", do sergipano Wille Marcel Lima Malheiro. O documentário apresenta, por meio de filmagens de baixa resolução, os abusos e os descasos praticados por quem tem poder.

Uma menção honrosa foi dada a "Chimbumbe", ficção do mexicano Antonio Coello que conta a história de uma mulher que, após se apaixonar por um peixe, é levada para o fundo das águas.

Longa

Na categoria longa-metragem, o grande vencedor foi "O Banheiro do Papa", de César Charlone e Enrique Fernandéz. O filme recebeu três prêmios na categoria "melhor longa", "melhor direção de longa" (para César Charlone e Enrique Fernandez) e "melhor ator de longa" (para César Trancoso).

"O César [Charlone] ficará bem feliz com a premiação. E com o cheque", brincou Isabelle Cabral, curadora do filme, referindo-se ao prêmio de R$ 10 mil recebido pelo diretor.

"O Banheiro do Papa" conta a história de Beto, um contrabandista que pretende lucrar com a visita do papa João Paulo 2º à pequena Melo -- cidade uruguaia próxima à fronteira com o Brasil. Para tanto, constrói um banheiro em frente a sua casa.

O prêmio para "melhor atriz de longa" foi para Dedina Bernardelli, de "Adágio Sostenuto" (foto). "Quero dedicar este prêmio ao Pompeu Aguiar [diretor do longa]. Sem ele, este prêmio não estaria aqui", disse, emocionada, a atriz.

Com poucos personagem e aproveitando ao máximo a trilha sonora (composta por clássicos da música erudita), o filme tem como tema a morte e é dividido em três atos, cada um representando uma etapa da dor: perda, luto e, finalmente, superação.

Dos 403 trabalhos inscritos no festival neste ano, foram escolhidas 70 produções --25 em 35mm; 20 vídeos; dez vídeos de bolso (produzidos com aparelhos celulares); dez vídeos sergipanos e cinco longas-metragens.

Homenagem

A equipe do programa "Zoom", da TV Cultura, foi homenageada por seu trabalho de divulgação do cinema nacional. Segundo a diretora-executiva do Curta-SE, Rosângela Rocha, o programa merece o reconhecimento por ser um dos poucos canais da TV brasileira que apresenta curtas ao público.

Flávia Scherner, nova apresentadora do "Zoom", afirmou que o festival é muito bem quisto pela equipe do programa e que é uma honra receber o prêmio. "Agradeço à equipe do festival pela homenagem", concluiu.

fonte: folha online

Gachi Boy e Mad Detective vencem FEFF


A 10ª edição do Far East Film Festival (FEFF) terminou sábado em Udine, num dia onde o destaque foi para a produtora Milkyway, de Johnnie To Kei-fung e Wai Ka-fai. To e Wai estiveram ao centro da mesa do fórum mais participado do festival, acompanhados dos atores Lau Ching-wan, Lam Suet e Kelly Lin.

«Sparrow», a última obra de To, foi um dos filmes de encerramento, precedendo «Shadow in the Palace», da Coreia do Sul. O realizador de Hong Kong e a sua equipa subiriam ao palco para receber o prémio Black Dragon por «Mad Detective», co-dirigido com Wai Ka-fai, mas o prémio principal foi para o filme japonês «Gachi Boy, Wrestling with a Memory».

O palmarés do FEFF, este ano dominado pelo Japão, resulta da votação da audiência. Este ano foi criado o Black Dragon Award, para o qual votaram os cerca de 130 acreditados Black Dragon (uma modalidade que constitui um suporte ao festival e tem como contrapartida um lugar reservado na sala).

Prémio do Público:

Gachi Boy, Wrestling With A Memory
KOIZUMI Norihiro, 2008 (Japão)

Adrift In Tokyo
MIKI Satoshi, 2007 (Japão)

Fine, Totally Fine
FUJITA Yousuke, 2007 (Japão)


Prémio Black Dragon:

Mad Detective (foto)
Johnnie TO & WAI Ka Fai, 2007 (Hong Kong)

Fine, Totally Fine
FUJITA Yousuke, 2007 (Japão)

Crows - Episode 0
MIIKE Takashi, 2007 (Japão)

fonte: cinedie asia

Os Filmes de To no IndieLisboa


O Festival Internacional de Cinema Independente de Lisboa, a decorrer até 4 de Maio, está a apresentar uma retrospectiva da obra de Johnnie To.

A extensão da filmografia do realizador, dividida entre filmes pessoais e outros de cariz mais comercial, torna difícil capturar a "essência" de uma carreira, mas a seleção que o IndieLisboa apresenta consegue ser representativa e de qualidade.

Ainda que com algum atraso, aqui ficam recomendações, numa tendencial ordem de preferência: "The Mission", "Running on Karma", "The Heroic Trio", "Throw Down", "PTU" e "Mad Detective", "A Hero Never Dies", "Running out of Time".

fonte: cinedie asia

sábado, 26 de abril de 2008

Alice Braga lança filme no Festival de Tribeca


A atriz brasileira Alice Braga participou da première do filme Cinturão Vermelho durante o Festival de Tribeca, em Nova York, na última sexta-feira. Depois da exibição, o elenco e convidados seguiram para uma festa privada.

Os atores Chiwetel Ejiofor, Rebecca Pidgeon e o boxeador Ray Mancini também participaram do evento.

Rodrigo Santoro, que no filme interpreta Bruno - um 'business man' que comanda algumas casas noturnas e empresaria o irmão, um lutador de jiu-jitsu -, não compareceu por estar ocupado fazendo laboratório para o filme I Love You Philip Morris.

Cinturão Vermelho conta a história de um mestre de jiu-jitsu, vivido por Tim Allen, que se atrai pelo mundo das artes cinematográficas.

fonte: terra cinema

Filme de Fatih Akin vence grande prêmio do cinema alemão


Um filme do diretor turco-alemão Fatih Akin (foto) recebeu o prêmio máximo do cinema alemão, no valor de 5 milhões de dólares, na sexta-feira, conquistando os troféus de melhor filme e em três outras categorias. A premiação é a que tem o maior valor monetário no mundo.

O drama "Do Outro Lado", de Akin -- uma história de perda, luto e perdão ambientada na Alemanha e na Turquia -- recebeu três prêmios "Lola" adicionais de melhor diretor, melhor roteiro original e melhor edição.

"Obrigado, obrigado, obrigado", disse Akin, diretor residente em Hamburgo, de ascendência turca, cujos filmes sobre as dificuldades enfrentadas pelos imigrantes turcos na Alemanha também já lhe valeram reconhecimento nos festivais de cinema de Berlim e Cannes.

"É muito difícil mensurar a arte de qualquer maneira", disse Akin, 34 anos, cujo filme "Contra a Parede", de 2003, também teve reconhecimento internacional.

"Por isso, estou felicíssimo. Não fazemos filmes pelos prêmios que podem ganhar, mas para a vida", disse ele na cerimônia de gala que teve a presença de 1.500 espectadores e foi transmitida na televisão nacional.

O trabalho mais recente do diretor acompanha as vidas frágeis de quatro turcos e dois alemães que se conectam em jornadas emotivas rumo à reconciliação, na Alemanha e na Turquia. Suas vidas se entremeiam pelo amor e a tragédia nos dois países.

"Kirschblueten" (Flores de Cerejeira), de Doris Doerrie, uma história de amor comovente sobre um funcionário público bávaro ranzinza, recebeu seis indicações ao Lola, mas ganhou apenas dois prêmios: de melhor ator (Elmar Wepper) e figurino. Além disso, recebeu o Lola de prata de melhor filme.

O inesperado sucesso de bilheteria "Die Welle" (A Onda), de Dennis Gansel, drama ambientado na Alemanha moderna sobre um colégio no qual um professor carismático impõe um regime autoritário, levou o Lola de bronze na categoria melhor filme.

Mais de mil profissionais de cinema que compõem a Academia Alemã de Cinema escolheram os premiados. O objetivo dos Lola não é premiar o sucesso nas bilheterias, mas o valor cultural.

O governo subvenciona os 3 milhões de euros em prêmios, que são distribuídos entre as dezenas de filmes indicados, como subsídio indireto para projetos futuros.

Entregues anualmente desde 1951, os Lolas são o equivalente alemão aos Oscars de Hollywood ou os prêmios Bafta britânicos.

Em 2006, "A Vida dos Outros" recebeu sete Lolas e, mais tarde, o Oscar de melhor filme em língua estrangeira.

O filme mais comentado este ano não fez parte da competição. "Keinohrhasen" (Coelho Sem Orelhas), de Til Schweiger, ganhou mais de 60 milhões de dólares nas bilheterias. Mas a Academia disse que o diretor não inscreveu o filme a tempo de ele ser incluído na competição.

fonte: uol cinema / Reuters

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Quinzena dos Produtores de Cannes anuncia seleção


A Quinzena dos Realizadores, mais uma mostra paralela do Festival de Cannes, anunciou a sua seleção nessa sexta-feira, dia 25 de abril. Entre os curtas, está o brasileiro Muro, dirigido pelo pernambucano Tião.

A seleção conta ainda com um forte número de co-produções francesas, onde se destacam os novos trabalhos de Bertrand Bonello (De la guerre) e dos irmãos Jean-Marie e Arnaud Larrieu (Le voyage aux Pyrénées).

O cinema latino-americano também marca presença, com quatro longas: o uruguaio Acne, de Federico Veiroj, o chileno Tony Manero, de Pablo Larrain, e os argentinos Liverpool, de Lisandro Alonso, e Salamandra, de Pablo Aguero. O filme de abertura será Four Nights With Anna, novo trabalho do polonês Jerzy Skolimowski, que não filmava desde 1991. A Quinzena, que foi criada em 1968 e comemora sua 40ª edição, se realiza durante o Festival de Cannes, de 15 a 25 de maio.

fonte: filme B

Divulgada a arte do DVD de "Garotos Perdidos 2"


A Warner Premiere divulgou a arte de capa do filme de terror adolescente “Garotos Perdidos 2”, que será lançado nos Estados Unidos diretamente em DVD. A imagem traz os principais personagens do longa com o título “Lost Boys 2: The Tribe”, além de anunciar a volta do ator Corey Feldman (“Os Goonies”) como o caçador de vampiros Edgar Frog, personagem do cultuado filme original de 1987.

Nesta seqüência, vampiros da sombria cidade de surf Luna Bay, Califórnia, rapidamente mandam para o além os que cruzam seus caminhos. E neste mundo dark chegam Chris Emerson (Tad Hilgenbrink, de “American Pie 4 – Tocando a Maior Zona”) e sua jovem irmã Nicole (Autumn Reeser, de “Show de Vizinha”), que vão morar com uma excêntrica tia depois de perderem seus pais em um acidente de carro. Os dois jovens então se tornam novas presas para as criaturas da região.

Nicole se apaixona por um vampiro do local e seu irmão deve agora localizar e destruir toda a gangue antes que sua irmã se transforme em uma morta-viva por completo. Para executar esta árdua tarefa, Chris conta com o experiente matador de vampiros, Edgar Frog (Feldman).

O filme foi dirigido por P.J. Pesce (“Um Drink no Inferno 3 - A Filha do Carrasco”) e roteirizado por Hans Rodionoff (“O Homem Coisa: A Natureza do Medo”).

fonte: cinema com rapadura

Atriz de Casablanca morre em Los Angeles


A atriz Joy Page, que interpretou a mulher búlgara recém-casada Annina Brandel no romance Casablanca (1942) morreu em Los Angeles, Estados Unidos aos 83 anos.

De acordo com os veículos locais, Joy já tinha um estado de saúde frágil, que se complicou devido a uma pneumonia e um derrame cerebral, o que acabou causando sua morte no dia 18 de abril.

Joy era enteada de um dos chefes dos estúdios Warner Bros., Jack L. Warner, e viveu seu momento de fama durante a estréia de Casablanca. Warner não permitiu que Joy assinasse contrato com a produtora já que ele a considerava muito jovem (na época, ela tinha 17 anos).

A atriz continuou com a carreira artística por sua conta e participou de filmes como Kismet (1944), com Ronald Colan e Marlene Dietrich, Man-Eater of Kumaon (1948) e Paixão de Toureiro (1951). Ela se aposentou em 1962 por não ter alcançado o sucesso esperado.

Joy Page foi casada com William T. Orr até os anos 1970 e teve um filho, Gregory Orr, escritor e produtor de documentários.


fonte: cineclik

Veja o novo pôster de "Batman - O Cavaleiro das Trevas"


"Bem-vindo a um mundo sem regras", anuncia o novo pôster de "Batman - O Cavaleiro das Trevas". A peça publicitária foi revelada no site de marketing viral Why So Serious.

O cartaz nos mostra Batman (Christian Bale, de "Psicopata Americano") frente a um prédio cuja fachada queima com o seu símbolo. É esperado para o início da próxima semana o lançamento de um novo trailer completo da produção - mais precisamente quatro dias, conforme dito nesta página.

"O Cavaleiro das Trevas" mostrará a batalha sem fim de Batman/Bruce Wayne ficando ainda mais difícil. Apesar de sua aliança com Jim Gordon (Gary Oldman, de "Harry Potter e a Ordem da Fênix") e Harvey Dent (Aaron Eckhart, de "Obrigado Por Fumar"), o homem-morcego terá de enfrentar o submundo de Gotham City, além de uma nova ameaça conhecida como o Coringa, um sádico criminosos que ameaça tanto os inocentes quanto os mafiosos da cidade.

Dirigido por Christopher Nolan ("Insônia"), o filme chegará às salas de cinema do mundo em 18 de julho.

fonte: cinema com rapadura

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Estréias da Semana no Cinema Brasileiro (25/04)

Como Eu Festejei o Fim do Mundo (2006)
Um testemunho de que o poder do amor transcende as mais trágicas circunstâncias. É a história da adolescente Eva e de seu irmão mais novo Lalalilu nos meses que conduziram à deposição do ditador romeno Nicolau Ceausescu. Eva e seu namorado aventureiro Alexandru envolvem-se num grave problema quando, acidentalmente, quebram o busto do ditador na escola. Eva arca com a maior punição: é expulsa da União de Jovens Comunistas e mandada para um reformatório. Lá, encontra o estranho Andrei, cujos pais são acusados de envolvimento num complô contra Ceausescu. Os dois se tornam amigos. Eva planeja nadar com ele pelo rio Danúbio, rumo à liberdade, e começa a treinar para sua fuga. Enquanto isso, o adorável Lalalilu, ansioso por perder os dentes de leite, também tem grandes planos. Com seus amigos, ele planeja muitas travessuras. Indo longe em suas fantasias, imagina um atentado contra Ceausescu, que visitará sua escola em breve. Lalalilu quer se vingar por Eva ter sido enviada para longe. Os cineastas Wim Wenders e Martin Scorsese assinam a produção executiva deste filme que integrou a mostra Un Certain Regard, no Festival de Cannes, onde a atriz Dorotheea Petre teve a sua atuação premiada.

Encurralados (2007)
Casado com uma mulher adorável, com uma linda filha, e tendo uma carreira de sucesso, o publicitário Neil Randall (Gerard Butler) vive uma vida perfeita. Quando Abby Randall (Maria Bello), sua esposa, faz aniversário, ele prepara uma surpresa, mas com pesar por não poder passar o fim de semana com ela. Frank, seu chefe, o convidou para se hospedar em seu chalé, o que deve render a ele uma bela promoção. Isto acaba não sendo problema para ela, que quer o melhor para a família, e contrata uma babá e faz planos, junto ao marido, para se divertir no tempo em que ele estiver fora. Porém, a vida perfeita que Neil têm está em ruínas. Quando parte para deixar a esposa com uma amiga, um estranho (Pierce Brosnan) aparece em seu carro fazendo ameaças, comprovando estar com a pequena Sophie (Emma Karwandy) em seu poder. Temendo pela vida da filha, Neil e Abby estão Encurralados. Para provar o amor que têm por ela, eles terão que cumprir diversas tarefas exigidas pela mente sádica do seqüestrador, que parece saber tudo sobre a vida do casal. Durante estas horas de pânico, Neil acaba revelando muito de suas fraquezas. O título original de "Encurralados", "Butterfly on a Wheel", faz referência a uma frase de Alexander Pope, usada para ilustrar uma força excessiva com a finalidade de destruir algum ser fraco. Durante as filmagens, em uma cena em que Pierce Brosnan dirige em um estacionamento, o ator perdeu o controle e acabou batendo o carro. As cenas acabaram sendo colocadas no filme, junto com as reações dos atores. Além de ator, Brosnan é também o produtor do filme.

Fôlego
(2007)

No memorável Casa Vazia, Kim Ki-Duk mostra um relacionamento silencioso e liberador entre dois indivíduos com problemas de adaptação. Em Primavera, verão, outono, inverno... e primavera, seu longa mais conhecido mundialmente, usa a passagem das estações para falar de maturidade. Tudo com uma roupagem zen. No novo trabalho, Fôlego (Soom, 2007), de certa forma Ki-Duk reúne todos os seus fascínios. Diferente dos outros, porém, neste o cineasta sul-coreano parece mais distante, mais preocupado em não interferir, idéia reforçada pela figura do diretor do presídio. O personagem aparece apenas através dos reflexos do monitor de segurança, no qual observa os protagonistas. Desconfio, aliás, que o próprio Ki-Duk "interprete" esse espectral diretor. No filme, Jang Jin (o taiwanês Chang Chen), condenado à morte, busca alguma espécie de controle em sua vida ao tentar suicidar-se na prisão. A notícia do ocorrido é assistida na televisão pela resignada Yeon (Park Ji-a), mãe de família que acompanha calada as traições do marido. Impulsivamente, ela vai até a prisão, onde consegue visitar Jin. Com ele, Yeon é capaz de falar, coisa que não faz em casa. Inicia-se assim um relacionamento em que cada visita é simbolizada por uma estação do ano - apesar de todo o filme se passar ao longo dos poucos dias antes da execução do condenado. É como se todo um ano fosse condensado no tempo. Como os dois filmes citados anteriormente, o diálogo inexiste em Fôlego. Toda a produção é realizada apenas através de monólogos e linguagem não-verbal. O Marido (Ha Jung-woo) fala com Yeon, que fala com Jin, que não fala com ninguém (o ator taiwanês nem conseguiria - ele não fala coreano). O resultado é terno e equilibra bem o humor (espere só para ver os "números musicais" de Yeon...) e a dramaticidade.

Hannah Montana e Miley Cyrus Show: O Melhor Dos Dois Mundos (2008)
Fãs do muito popular programa de TV "Hannah Montana" terão a chance de experimentar a emoção de estar na primeira fila para ver a compositora, atriz e cantora favorita, Miley Cyrus, em seu concerto cuja bilheteria esgotou em todo o território norte-americano, "Hannah Montana e Miley Cyrus Show: O Melhor Dos Dois Mundos" no cinema. Filmado durante sua a turnê do show por 69 cidades, o filme apresenta uma dimensão inteiramente nova do ídolo pop, através da inovadora técnica 3-D engrandecendo a claridade estonteante, a música, o carisma e o mundo de Miley Cyrus e de seu alter ego, Hannah Montana. Com os astros do momento, os Jonas Brothers, como convidados especiais e um palco repleto de dançarinos, efeitos pirotécnicos e imagens de vídeo, o filme mostra o magnetismo exuberante que levou a cantora e atriz de 15 anos a se tornar uma sensação multimídia e a atrair legiões de fãs em todo o mundo. Além da filmagem visceralmente real do show, o filme inclui uma “visita aos bastidores” para darmos uma olhada na vida de Miley durante a turnê. Bem antes de os ingressos para os shows da turnê "O Melhor dos Dois Mundos de Miley Cyrus" se esgotarem num piscar de olhos e de o concerto se tornar o ativo mais badalado na indústria do entretenimento, a Walt Disney Pictures decidiu filmar sua apresentação ao vivo e transformá-lo no inovador filme-concerto Disney Digital 3-D™. Talvez ninguém tenha sido capaz de prever o fenômeno pop-cultural sem precedentes que seu show se tornaria, com literalmente milhões de jovens fãs ansiosos clamando para ver seu ídolo de perto. Mas estava claro há algum tempo que Miley Cyrus — e seu alter ego rock star, Hannah Montana — emergia como uma das mais apreciadas e inspiradoras jovens superestrelas de uma nova geração com quem o público tem uma facilidade enorme de se identificar.

O Romance do Vaqueiro Voador
(2007)

É um documentário poético de longa-metragem, idealizado e dirigido pelo documentarista Manfredo Caldas, baseado no poema homônimo de João Bosco Bezerra Bonfim. Trata-se de um documentário poético sobre a recriação do universo mítico do nordestino, ao vivenciar a nova diáspora, no papel de candango, protagonizando o lado trágico da epopéia da construção da nova capital do Brasil. É um documentário de estrutura livre, que incorpora diversos elementos ficcionais. Baseado no cordel de João Bosco Bezerra Bonfim (fragmento acima) e fiel à sua estrutura, o documentário deixa claro que narradores e narrados têm uma mesma história comum. O filme especula sobre quem seria um certo indivíduo que despenca do alto de um andaime de um prédio durante a construção de Brasília. Esse indivíduo é a representação alegórica e mágica utilizada pelo autor do cordel para designar a parcela desafortunada de migrantes nordestinos que para cá vieram como operários da construção civil. Seduzidos pela utopia da transferência da nova capital do país para o centro oeste, esses migrantes encontraram aqui um destino trágico. Eles são a contrafação do discurso utópico e heróico dos construtores de Brasília.

Otávio e as Letras
(2007)

Começa ao som do mar. Em close-up desfocado, vemos um rosto de homem diante de uma praia. Quando a câmera nos dá o foco, a praia é falsa. É um daqueles anúncios de banca de jornal promovendo guia turístico. Estamos em São Paulo e o som era uma trucagem, porque em São Paulo não tem mar e sobra miragem. Que o diretor Marcelo Masagão tenha rodado o seu quarto longa-metragem no antes, durante e depois da lei municipal que reduziu fachadas e extinguiu outdoors é mais do que uma feliz coincidência. Otávio e as Letras entrará para a história - mais do que como um novo ensaio cabeça do autor de Nós que Aqui Estamos por Vós Esperamos, Nem Gravata Nem Honra e 1,99 - Um Supermercado que Vende Palavras - como o registro histórico de uma transformação da cara da cidade. A profusão de fotos, nomes e slogans que compõem (ou compuseram) a paisagem de São Paulo, criando uma colorida realidade de delírios por cima da morta superfície cinza, atormenta Otávio (Donizete Mazonas). O protagonista do filme ronda sebos, salas de espera de dentistas e bancas atrás das tais letras. Quando chega em casa, Otávio arma toda uma solenidade com um único fim: preencher com caneta azul as páginas e páginas de jornais e revistas que ele trouxe da rua. Dá pra entender por que Masagão agradece à Bic no início do filme - não dá nem pra calcular quanta tinta Otávio gasta com sua rotina diária de rasuras e rabiscos.

Três Vezes Amor (2008)
A atriz Rachel Weisz ("O Jardineiro Fiel") volta aos cinemas no papel de uma das pretendentes de um pai que acabou de ficar solteiro. O filme "Três Vezes Amor", do diretor Adam Brooks (que escreveu o roteiro de "Bridget Jones: No Limite da Razão"), ainda conta com a jovem Abigail Breslin ("Pequena Miss Sunshine") e Ryan Reynolds ("Apenas Amigos") no elenco. Na trama, Will é um pai que acabou de ficar solteiro e agora vive em um apartamento de Manhattan com a filha Maya (Abigail), que tenta entender porque seus pais se separaram. A dúvida da garota leva Will a uma viagem de memórias, onde relembra três grandes amores, interpretados pelas atrizes Rachel Weisz, Elizabeth Banks ("Homem-Aranha 1, 2 e 3") e Isla Fischer ("Penetras Bons de Bico"). A comédia romântica estreou no dia dos namorados nos Estados Unidos e, apesar de não ter sido uma aposta de sucesso, conseguiu uma boa bilheteria. Com um orçamento que não foi relado, o faturamento em solo norte-americano foi de U$31,810,000.