quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Festival Sundance começa com mais de 120 filmes


O Festival Sundance de cinema independente começa nesta quinta-feira no estado americano de Utah, com a projeção de mais de 120 filmes, muitos dos quais podem preencher o vazio causado pela greve de roteiristas nos Estados Unidos, disseram seus organizadores.

A greve, iniciada em 2007, alterou o desenvolvimento normal da indústria cinematográfica dos EUA, suspendendo a produção de vários filmes e séries de televisão.

O festival é organizado pelo Sundance Institute, criado pelo ator, diretor e ambientalista Robert Redford, um crítico da pompa de Hollywood. Seu objetivo é dar uma oportunidade aos produtores e artistas independentes, distantes das grandes produções.

Muitos dos filmes que vão estrear no festival, que vai até o dia 27, foram realizados com baixo orçamento. No entanto, alguns contam com astros como Robert de Niro, Tom Hanks, Bruce Willis, Marcia Gay Harden e Ben Kingsley.

Os executivos das distribuidoras se preparam para comprar os filmes com maiores possibilidades comerciais, segundo a revista especializada Hollywood Reporter.

Daniel Battsek, presidente de Miramax, ressaltou que um bom filme pode obter ainda mais sucesso com o apoio de uma grande distribuidora. Ele espera comprar os direitos de uma ou duas produções este ano.

Entre os mais fortes candidatos estão Sunshine Cleaning, um drama com Emily Blunt e Amy Adams; The Whackness, com Kingsley e Mary-Kate Olsen; e The Merry Gentleman, uma fábula romântica do ator e diretor Michael Keaton.

Os três serão exibidos nesta sexta-feira, seguidos de Pretty Bird, um drama dirigido por Paul Schneider, além dos estrangeiros Sleep Dealer (México), Just Another Story (Dinamarca) e Mermaid (Rússia).

No mesmo dia também estreará em Salt Lake City The Great Buck Howard, com Tom Hanks e John Malkovich. O título já teria sido adquirido por uma grande distribuidora, segundo a Hollywood Reporter.

Para sábado está prevista a exibição de What Just Happened, comédia com De Niro e Willis. Com um custo de US$ 30 milhões, o filme é considerado o mais caro do festival.

Em entrevista ao jornal Desert Morning News, de Utah, Redford se queixou esta semana do fato de que nos últimos anos o festival perdeu o caráter original.

"Para o bem ou para o mal, o cinema independente foi absorvido por Hollywood", afirmou.

Segundo Redford, cada vez mais estrelas atuam em filmes produzidos de maneira independente. "Isso aumenta a sua legitimidade, mas também tem aspectos negativos", acrescentou.

fonte: EFE / terra cinema