quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Depois dos roteiristas, a ameaça de greve vem dos atores



Com 93,6% de apoio dos cerca de 4 mil votantes, o sindicato dos roteiristas dos Estados Unidos ratificou, nesta terça-feira em Los Angeles, o acordo que encerra a greve de três meses que paralisou a indústria cinematográfica de Hollywood, mas trouxe benefícios para a classe dos escritores.

"Um novo início para os roteiristas na era digital" foram as palavras de Patric Verrone, presidente do Writers Guild of America (WGA) de Los Angeles, após a vitória do novo contrato estabelecido pelo sindicato e que perderá a validade somente em 2011.

Enquanto os roteiristas comemoram e a máquina da indústria volta a funcionar, as empresas começam a fazer o balanço das perdas provocadas pela greve que se manteve firme entre 10 de novembro de 2007 e 13 de fevereiro de 2008, parando a maior parte das produções televisivas e também um grande número de projetos cinematográficos.

Em cem dias, só Los Angeles perdeu aproximadamente US$ 2 milhões e muitos empregados da indústria mais importante do sul da Califórnia tiveram que ser demitidos
pela queda do fluxo de trabalho. Espera-se que agora essas pessoas sejam readmitidas, já com os ganhos conseguidos pela greve dos roteiristas (quando dentro do setor).

Contudo, em Hollywood paira uma nova sombra para os produtores e chefões do cinema dos Estados Unidos: no próximo mês de junho, termina o contrato de trabalho dos atores e o Screen Actors Guild (SAG) - sindicato que reúne cerca de 120 mil trabalhadores - deve começar as tratativas com os grandes estúdios e produtoras. Se não chegar a nenhum acordo, a possibilidade de uma nova greve será grande.

Nos últimos dias, algumas das celebridades inscritas no sindicato, sobretudo George Clooney, pediram aos líderes do grupo que façam o possível para encontrar soluções e evitar uma nova paralisação das atividades, tão lucrativas para a economia dos Estados Unidos.

fonte: uol cinema