segunda-feira, 14 de abril de 2008

Estúdios adotam filmes nascidos na internet


O cineasta independente Shane Felux atraiu mais de 4 milhões de espectadores em apenas três meses com seu filme “Star Wars revelations” (foto). Seu mais novo projeto, “Pitching George Lucas”, alcançou ainda mais gente.

Mas, a não ser que você tenha baixado um dos filmes de Felux, é provável que nunca tenha ouvido falar nele.

Felux espera que isso mude quando ele lançar “Trenches”, um suspense dividido em dez episódios curtos que será exibido no site da rede ABC e no YouTube. O filme de Felux é uma das 20 produções online em desenvolvimento no novo estúdio de conteúdo digital da Disney/ABC.

“Sou apenas um cara comum fazendo filmes e esperando que a indústria enxergue o que posso fazer”, diz o diretor e roteirista de 36 anos, que produz e finaliza seus trabalhos no porão de sua casa.

Estúdios da TV americana como ABC, CBS, Warner Bros. e Sony Pictures pretendem fazer parcerias com artistas que produzem vídeos online destinados ao público jovem.

Dentro da faixa de 18 a 34 anos, o grupo que assiste a vídeos online semanalmente aumentou 42% em relação ao ano passado, segundo estudo do Leichtman Research Group divulgado em fevereiro.

“A preocupação com a produção de vídeos para a internet cresceu muito no último ano, portanto o próximo passo é melhorar a qualidade dessa experiência para o público”, afirma Sean Carey, vice-presidente da Sony Pictures Television, que lançou seis novas produções no último mês por meio de sua central de comédia online, o CSpot.

Para distribuir produções originais na web, apareceu um grande número de canais independentes, como por exemplo o MyDamnChannel.com e o Comedy.com, fundado pelo ex-executivo de TV Dean Valentine.

“Sempre senti, até mesmo quando fazia parte dessas empresas, que a TV tinha uma forma limitada de fazer entretenimento”, diz Valentine, que trabalhou na NBC como programador de comédias.

Até hoje, as companhias tradicionais de comunicação têm sido “muito conservadoras”, diz Todd Spangler, editor de tecnologia da revista especializada “Multichannel News”. “Eles querem ter certeza de que a produção online não vai corroer ou ameaçar seu principal negócio.”

fonte: globo.com