
Foi lançado nesta terça-feira, no 12º FAM, o edital Prêmio Cinemateca Catarinense / Fundação Catarinense de Cultura 2008. Desde 2001 o edital contempla prêmios para a produção do audiovisual e somente este ano irá distribuir R$ 1,9 milhão para projetos catarinenses. A soma é maior que a do último edital, este ano conta com 300 mil a mais e irá contemplar 17 projetos. O prêmio máximo vai para a produção de um longa-metragem no valor de R$ 900 mil.
A presidente da Cinemateca Catarinense Luiza Lins, afirmou que todo o tipo de incentivo é importante e que já possuímos vários deles. Os projetos Catavídeo, Cinema pra quem quer Cinema, Cinema na Favela foram alguns rápidos exemplos citados durante a cerimônia, além do próprio FAM. “Estamos na luta para que possamos produzir bons filmes”, afirmou.
Além do prêmio máximo de longa-metragem, serão contemplados três documentários de média-metragem no valor de R$ 80 mil, cinco curtas-metragens de R$ 100 mil, quatro vídeos de curta-metragem no valor de R$ 40 mil, além da elaboração de dois roteiros de longa-metragem no valor de R$ 15 mil, e de dois roteiros de curta-metragem no valor de R$ 10 mil. O último longa-metragem contemplado foi “Querido Pai”, do diretor e roteirista Chico Faganello.

O longa da noite foi La Peli dirigido pelo argentino Gustavo Postiglione, o filme, lançado no ano passado durante o Festival de Mar del Plata, conta a história de um diretor de cinema que não consegue concluir um filme, o artista em crise é o solitário Diego Simonney, interpretado por Darío Grandinetti. Por meio de flashbacks o espectador conhece o já abandonado set de filmagens e descobre o motivo da crise do protagonista: uma paixão. Enquanto filmava o diretor se envolveu com uma ex-aluna, Ana (Noelia Campo), e não conseguiu suportar a rejeição. Deprimido, ele se exila no mar, onde tenta esquecer do filme e do amor que deixou para trás.
A homenagem da noite foi para Ieda Beck (produtora), em cerimônia conduzida pela jornalista Isabela Hoffmann, amiga e parceira no filme Nem o Céu, Nem a Terra. Mãe e filha subiram ao palco para receber da diretora do MIS, Denise Tomasi, um simbolo da memória de uma das maiores personalidades do cinema catarinense.