quinta-feira, 10 de julho de 2008

Estréias da Semana no Cinema Brasileiro (11/07)




Agente 177 - Uma Aventura no Cairo (OSS 117: Le Caire nis d’espions)
(França - 2006 - 99 min. - Michel Hazanavicius)
O Agente 117, personagem criado por Jean Bruce que apareceu em diversos filmes de aventura e espionagem nos anos de 1960, está de volta. Dessa vez, ele vai para o Egito tentar instaurar a ordem em nome do presidente da França.



Caótica Ana
(Caótica Ana)
(Espanha - 2007 - 120 min. - Julio Medem)
Seis anos após seu último longa-metragem de ficção, Lucia e o Sexo (2001), o cultuado Julio Medem retorna com Caótica Ana. O filme, segundo ele, tirou-o da depressão na qual se encontrava depois de dirigir o documentário The Basque Ball (2003), uma tentativa de diálogo com autoridades e separatistas sobre o desejo de independência da região Basca. Na época ele foi acusado pelo governo de "dar voz às guerrilhas" e sentiu que seus esforços foram em vão. Outro elemento importante contribuiu fortemente para o novo trabalho: a morte de sua jovem irmã, aos 20 anos. Ana, a personagem principal do filme, foi batizada em sua homenagem e carrega também seu legado. São dela (ou inspiradas em seu estilo artístico) todas as pinturas presentes no filme. A personagem é tipicamente "Medeniana" (presentes já em seis filmes do diretor, suas mulheres já merecem o adjetivo): bela, em busca de descobertas e entendimento de sua própria existência (ainda que relutante a princípio). Além disso, dado o tema um tanto "esotérico" de Caótica Ana, dá pra dizer até que ela carrega consigo todas as outras. Esotérico porque o filme trata de reencarnação e outro elemento na moda em tempos de Maria Madalena e "wiccas", o poder feminino. Inicialmente meio hippie, Ana (Manuela Vellés) é uma artista de rua de feirinhas em Ibiza. Vive com o pai numa gruta à beira-mar até que encontra uma mecenas (Charlotte Rampling), que a leva ao fervilhante centro cultural madrilenho, onde Ana passa a viver com outros artistas num casarão. Lá ela estuda, pinta, cresce e encontra uma paixão. Mas a garota começa também a ter visões e desperta o interesse de autoridades no hipnotismo. Não tarda para que descubram que ela já viveu mil vidas - e em todas elas teve um trágico destino.



Quem Disse Que é Fácil? (
¿Quién dice que es fácil?)
(Argentina - 2007 - 108 min - Juan Taratuto)
Outro dia estava me perguntando por que todo homem acha que uma mulher vai chegar para ele e se atirar em seus braços, pronta para uma noite de muito sexo. A única resposta que cheguei foi que a culpa deve ser dos filmes pornôs, cujas "histórias" se resumem a uma mulher chegando e se atirando para cima - e para todos os lados, na verdade. A verdade é que isso não acontece, mas e se acontecer, qual seria a reação, já que não somos atores de filmes "XXX"? Não acredito que o cineasta Juan Taratuto (Não é Você, Sou Eu) tenha imaginado isso tudo quando teve a idéia de Quem Disse que é Fácil?, mas essa é a mais ou menos a situação que dá início ao seu segundo longa-metragem, mais uma vez protagonizado por Diego Peretti. No papel do certinho Aldo, Peretti constrói um personagem caricato de tão metódico que é. Sua necessidade por fazer tudo dentro do planejado é quase um TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo), com checagens constantes do gás contra vazamentos, graxa no sapato, camisa para dentro da calça e colete, cardápio congelado para todas as refeições e uma rotineira tarde com os amigos na pista de autoramas na qual tem um time. O controlado dia-a-dia começa a mudar quando ele aluga um apartamento vizinho ao seu para Andrea (Carolina Pelleritti), uma fotógrafa que passou os últimos 15 anos de sua vida rodando o mundo e agora voltou à Argentina. A liberdade dela é inversamente proporcional ao medo que ele tem por novidades e se reflete nas amizades e até nas suas vidas sexuais. Quando ela o "ataca", o resultado é patético e constrangedor, como boa parte do primeiro ato do filme, que tenta ser uma comédia, mas só consegue arrancar momentos de vergonha alheia.



O Advogado do Terror
(
L'Avocat de la Terreur)
(França - 2007 - 135 min. - Barbet Schroeder)
Documentário sobre a vida de Jacques Vergès, ex-guerrilheiro das Forças de Libertação da França e controverso advogado que tem como especialidade defender as figuras mais impopulares do mundo, como o nazista criminoso de guerra Klaus Barbie e o insano Roger Garaudy, que prega o anti-semitismo sob o argumento de que o Holocausto é uma invenção.



O Segredo do Grão
(La Graine et le Mulet)
(França - 2007 - 151 min. - Abdel Kechiche)
Há filmes em que o cenário é o grande personagem, e algo assim acontece em O Segredo do Grão. A história se passa na cidade de Sète, no Sul da França, às margens do Mar Mediterrâneo. Ali duas geografias se confundem, a européia e a africana, com a constância das águas que banham o porto. O choque dessas duas culturas é o que dá o tom ao filme escrito e dirigido pelo tunisiano Abdel Kechiche. O protagonista, Slimane Beiji, de 60 anos, tenta dar um novo sentido à sua vida. Desempregado depois de uma vida inteira dedicada ao trabalho nas docas, ele vive como inquilino no hotel de sua atual companheira e regularmente visita a casa da ex-mulher com peixes para o almoço. O plano, abrir um restaurante dentro de um barco, é trabalhoso - exige licença municipal, financiamento no banco, etc. Mas a recompensa promete: os franceses de Sète poderão provar o cuscuz fenomenal que a ex-mulher de Slimane cozinha. O grão em questão é a semolina que serve de base às receitas daquilo que chamamos no Brasil de cuscuz marroquino. A trama do filme de Kechiche gira em torno do prato. O cuscuz é a metáfora de uma cultura, a árabe, que resiste a ser engolida no território francês. Em sua jornada algo quixotesca pelo negócio próprio, Slimane luta não só pelo seu orgulho, como luta, inconscientemente, pela sua sobrevivência.



Pequenas Histórias
(
Pequenas Histórias)
(Brasil - 2007 - 83 min. - Helvecio Ratton)
Na varanda de uma fazenda, uma senhora conta histórias ao mesmo tempo em que corta e costura retalhos de pano, criando imagens ilustrativas dos contos. São quatro histórias com personagens e lendas do imaginário brasileiro, especialmente de Minas Gerais, que têm como elementos centrais o humor e a magia.



Viagem ao Centro da Terra - O Filme
(Journey to the Center of the Earth 3D)
(EUA - 2008 - 92 min. - Eric Brevig)
"Viagem ao Centro da Terra - O Filme" é dirigido pelo aclamado mestre dos efeitos visuais, Eric Brevig ("Homens de Preto", "O Dia Depois de Amanhã", "O Segredo do Abismo"), e estrelado por Brendan Fraser. Trevor (Fraser) é um cientista com teorias tão absurdas que nem mesmo a comunidade acadêmica acredita muito nele. Decidido a descobrir o que aconteceu com seu irmão, que simplesmente sumiu, ele embarca para a longínqua e fria Islândia. Nessa busca, vai acompanhado por seu sobrinho, o rebelde adolescente Sean (Josh Hutcherson), e pela bela guia Hannah (Anita Briem). Durante a expedição, os três ficam presos numa caverna e, na tentativa de sair dali, caem e chegam ao centro da Terra. Ali, descobrem um fascinante mundo perdido. É o início da mais fantástica aventura de suas vidas! Percorrendo caminhos misteriosos e visitando lugares nunca antes vistos, encontrarão belezas, mas também passarão por muitos perigos. Piranhas voadoras, pássaros brilhantes, cogumelos gigantescos, serpentes marinhas, plantas carnívoras e uma mortal criatura chamada gigantossaura são só algumas das coisas estranhas que vivenciarão. Tristan, Sean e Hannah só têm uma certeza: quando se está a 6 mil quilômetros abaixo da superfície, tudo pode acontecer! Extras: Baseado no clássico homônimo de Júlio Verne, "Viagem ao Centro da Terra" chega aos cinemas brasileiros trazendo uma experiência única. Este é o primeiro filme live action totalmente 3D. Todas as etapas desta super produção foram realizadas em três dimensões, para garantir o realismo na telona. E para tornar a emoção ainda maior, o filme, será lançado no Brasil na versão 3D em todas as salas de cinema!