
Agente 177 - Uma Aventura no Cairo (OSS 117: Le Caire nis d’espions)
(França - 2006 - 99 min. - Michel Hazanavicius)
O Agente 117, personagem criado por Jean Bruce que apareceu em diversos filmes de aventura e espionagem nos anos de 1960, está de volta. Dessa vez, ele vai para o Egito tentar instaurar a ordem em nome do presidente da França.
Caótica Ana (Caótica Ana)

(Espanha - 2007 - 120 min. - Julio Medem)
Seis anos após seu último longa-metragem de ficção, Lucia e o Sexo (2001), o cultuado Julio Medem retorna com Caótica Ana. O filme, segundo ele, tirou-o da depressão na qual se encontrava depois de dirigir o documentário The Basque Ball (2003), uma tentativa de diálogo com autoridades e separatistas sobre o desejo de independência da região Basca. Na época ele foi acusado pelo governo de "dar voz às guerrilhas" e sentiu que seus esforços foram em vão. Outro elemento importante contribuiu fortemente para o novo trabalho: a morte de sua jovem irmã, aos 20 anos. Ana, a personagem principal do filme, foi batizada em sua homenagem e carrega também seu legado. São dela (ou inspiradas em seu estilo artístico) todas as pinturas presentes no filme. A personagem é tipicamente "Medeniana" (presentes já em seis filmes do diretor, suas mulheres já merecem o adjetivo): bela, em busca de descobertas e entendimento de sua própria existência (ainda que relutante a princípio). Além disso, dado o tema um tanto "esotérico" de Caótica Ana, dá pra dizer até que ela carrega consigo todas as outras. Esotérico porque o filme trata de reencarnação e outro elemento na moda em tempos de Maria Madalena e "wiccas", o poder feminino. Inicialmente meio hippie, Ana (Manuela Vellés) é uma artista de rua de feirinhas em Ibiza. Vive com o pai numa gruta à beira-mar até que encontra uma mecenas (Charlotte Rampling), que a leva ao fervilhante centro cultural madrilenho, onde Ana passa a viver com outros artistas num casarão. Lá ela estuda, pinta, cresce e encontra uma paixão. Mas a garota começa também a ter visões e desperta o interesse de autoridades no hipnotismo. Não tarda para que descubram que ela já viveu mil vidas - e em todas elas teve um trágico destino.
Quem Disse Que é Fácil? (¿Quién dice que es fácil?)

(Argentina - 2007 - 108 min - Juan Taratuto)
Outro dia estava me perguntando por que todo homem acha que uma mulher vai chegar para ele e se atirar em seus braços, pronta para uma noite de muito sexo. A única resposta que cheguei foi que a culpa deve ser dos filmes pornôs, cujas "histórias" se resumem a uma mulher chegando e se atirando para cima - e para todos os lados, na verdade. A verdade é que isso não acontece, mas e se acontecer, qual seria a reação, já que não somos atores de filmes "XXX"? Não acredito que o cineasta Juan Taratuto (Não é Você, Sou Eu) tenha imaginado isso tudo quando teve a idéia de Quem Disse que é Fácil?, mas essa é a mais ou menos a situação que dá início ao seu segundo longa-metragem, mais uma vez protagonizado por Diego Peretti. No papel do certinho Aldo, Peretti constrói um personagem caricato de tão metódico que é. Sua necessidade por fazer tudo dentro do planejado é quase um TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo), com checagens constantes do gás contra vazamentos, graxa no sapato, camisa para dentro da calça e colete, cardápio congelado para todas as refeições e uma rotineira tarde com os amigos na pista de autoramas na qual tem um time. O controlado dia-a-dia começa a mudar quando ele aluga um apartamento vizinho ao seu para Andrea (Carolina Pelleritti), uma fotógrafa que passou os últimos 15 anos de sua vida rodando o mundo e agora voltou à Argentina. A liberdade dela é inversamente proporcional ao medo que ele tem por novidades e se reflete nas amizades e até nas suas vidas sexuais. Quando ela o "ataca", o resultado é patético e constrangedor, como boa parte do primeiro ato do filme, que tenta ser uma comédia, mas só consegue arrancar momentos de vergonha alheia.
O Advogado do Terror (L'Avocat de la Terreur)

(França - 2007 - 135 min. - Barbet Schroeder)
Documentário sobre a vida de Jacques Vergès, ex-guerrilheiro das Forças de Libertação da França e controverso advogado que tem como especialidade defender as figuras mais impopulares do mundo, como o nazista criminoso de guerra Klaus Barbie e o insano Roger Garaudy, que prega o anti-semitismo sob o argumento de que o Holocausto é uma invenção.
O Segredo do Grão (La Graine et le Mulet)

(França - 2007 - 151 min. - Abdel Kechiche)
Há filmes em que o cenário é o grande personagem, e algo assim acontece em O Segredo do Grão. A história se passa na cidade de Sète, no Sul da França, às margens do Mar Mediterrâneo. Ali duas geografias se confundem, a européia e a africana, com a constância das águas que banham o porto. O choque dessas duas culturas é o que dá o tom ao filme escrito e dirigido pelo tunisiano Abdel Kechiche. O protagonista, Slimane Beiji, de 60 anos, tenta dar um novo sentido à sua vida. Desempregado depois de uma vida inteira dedicada ao trabalho nas docas, ele vive como inquilino no hotel de sua atual companheira e regularmente visita a casa da ex-mulher com peixes para o almoço. O plano, abrir um restaurante dentro de um barco, é trabalhoso - exige licença municipal, financiamento no banco, etc. Mas a recompensa promete: os franceses de Sète poderão provar o cuscuz fenomenal que a ex-mulher de Slimane cozinha. O grão em questão é a semolina que serve de base às receitas daquilo que chamamos no Brasil de cuscuz marroquino. A trama do filme de Kechiche gira em torno do prato. O cuscuz é a metáfora de uma cultura, a árabe, que resiste a ser engolida no território francês. Em sua jornada algo quixotesca pelo negócio próprio, Slimane luta não só pelo seu orgulho, como luta, inconscientemente, pela sua sobrevivência.

Pequenas Histórias (Pequenas Histórias)
(Brasil - 2007 - 83 min. - Helvecio Ratton)
Na varanda de uma fazenda, uma senhora conta histórias ao mesmo tempo em que corta e costura retalhos de pano, criando imagens ilustrativas dos contos. São quatro histórias com personagens e lendas do imaginário brasileiro, especialmente de Minas Gerais, que têm como elementos centrais o humor e a magia.
Viagem ao Centro da Terra - O Filme (Journey to the Center of the Earth 3D)

(EUA - 2008 - 92 min. - Eric Brevig)
"Viagem ao Centro da Terra - O Filme" é dirigido pelo aclamado mestre dos efeitos visuais, Eric Brevig ("Homens de Preto", "O Dia Depois de Amanhã", "O Segredo do Abismo"), e estrelado por Brendan Fraser. Trevor (Fraser) é um cientista com teorias tão absurdas que nem mesmo a comunidade acadêmica acredita muito nele. Decidido a descobrir o que aconteceu com seu irmão, que simplesmente sumiu, ele embarca para a longínqua e fria Islândia. Nessa busca, vai acompanhado por seu sobrinho, o rebelde adolescente Sean (Josh Hutcherson), e pela bela guia Hannah (Anita Briem). Durante a expedição, os três ficam presos numa caverna e, na tentativa de sair dali, caem e chegam ao centro da Terra. Ali, descobrem um fascinante mundo perdido. É o início da mais fantástica aventura de suas vidas! Percorrendo caminhos misteriosos e visitando lugares nunca antes vistos, encontrarão belezas, mas também passarão por muitos perigos. Piranhas voadoras, pássaros brilhantes, cogumelos gigantescos, serpentes marinhas, plantas carnívoras e uma mortal criatura chamada gigantossaura são só algumas das coisas estranhas que vivenciarão. Tristan, Sean e Hannah só têm uma certeza: quando se está a 6 mil quilômetros abaixo da superfície, tudo pode acontecer! Extras: Baseado no clássico homônimo de Júlio Verne, "Viagem ao Centro da Terra" chega aos cinemas brasileiros trazendo uma experiência única. Este é o primeiro filme live action totalmente 3D. Todas as etapas desta super produção foram realizadas em três dimensões, para garantir o realismo na telona. E para tornar a emoção ainda maior, o filme, será lançado no Brasil na versão 3D em todas as salas de cinema!