sábado, 29 de dezembro de 2007

Bagdá inaugura seu festival de cinema


Por trás de muralhas de concreto e às voltas com o fornecimento intermitente de energia, começou nesta quarta-feira (26/12) o Festival Internacional de Cinema de Bagdá, em mais um sinal da melhora na segurança e da volta à vida na cidade.

Houve até um tapete vermelho no hotel que abriga o evento, mas os convidados eram submetidos a três revistas corporais na entrada.

Os diretores dos 40 filmes estrangeiros selecionados não compareceram - alguns até tentaram, mas foram desaconselhados pelos organizadores, temerosos de que o evento, cancelado em 2006, vire notícia pelas razões erradas.

Desde o envio de reforços norte-americanos, a violência diminuiu na capital, e as pessoas passaram a freqüentar parques e restaurantes outra vez.

No passado, a cidade chegou a ter mais de 12 cinemas populares. O hábito entrou em declínio após décadas de sanções e guerras, e desde a invasão de 2003 a maioria das salas permanece fechada.

Mas nem durante o auge da guerra o festival bienal de cinema deixou de ser realizado. Dos 61 filmes da disputa oficial, 21 são iraquianos, a maioria curtas-metragens e documentários, vários deles a respeito dos dramas do país.

Alguns tratam diretamente dos conflitos sectários que quase viraram uma guerra civil, e vários documentários abordam antigos tesouros arqueológicos e os pântanos do sul iraquiano.