sexta-feira, 21 de março de 2008

Estréias da Semana no Cinema Brasileiro (21/03)

A Família Savage (2007)
"A Família Savage" lança um olhar irreverente sobre a família, o amor e a mortalidade por meio de uma das experiências mais desconcertantes e desafiadoras da vida moderna: quando irmãos adultos se descobrem arrancados de seu dia-a-dia autocentrado para cuidar de um pai idoso e distanciado. A última coisa que os dois irmãos Savage jamais desejaram foi olhar em retrospectiva sua conturbada história familiar. Trilharam seu caminho tortuoso para escapar do jugo dominador do pai e agora se encontram firmemente amarrados a suas próprias vidas intrincadas. Wendy (Laura Linney, indicada ao Oscar) é uma esforçada dramaturga do East Village, também conhecida como trabalhadora temporária, que passa seus dias buscando doações, roubando material de escritório e namorando o vizinho casado. Jon (Philip Seymour Hoffman, vencedor do Oscar) é um professor universitário neurótico em Buffalo, autor de livros sobre assuntos obscuros. Então, recebem um telefonema informando que o pai, que sempre temeram e evitaram, Lenny Savage (Philip Bosco, vencedor do Oscar) está sendo consumido lentamente pela demência, e que eles são os únicos que podem ajudar. Agora, ao adiar suas vidas já interrompidas, Wendy e Jon são forçados a viver juntos sob o mesmo teto pela primeira vez desde a infância, redescobrindo as excentricidades que enlouqueciam um ao outro. Defrontando-se com um total cataclismo e lutando para lidar com os últimos dias de seu pai, eles são confrontados com a verdade real do que seja a maturidade, a família e, surpreendentemente, um em relação ao outro.

As Crônicas de Spiderwick (2008)
Fatos peculiares começam a acontecer no momento em que a família Grace muda-se de Nova York para o velho e isolado casarão de um tio-avô, Arthur Spiderwick. Sem conseguir explicar os estranhos desaparecimentos e acidentes que ocorrem diariamente no novo lar, os irmãos Jared, Simon e Mallory investigam o que realmente está acontecendo e descobrem uma extraordinária verdade sobre a casa. A partir daí, cara a cara com criaturas mágicas e às vezes assustadoras, eles irão não apenas viver uma grande aventura, mas também superar difíceis conflitos familiares. EXTRAS: O interesse em levar as histórias dos livros "As Crônicas de Spiderwick" para as telas surgiu assim que a popular coleção foi publicada, mas seus co-autores, Tony DiTerlizzi e Holly Black, queriam confiar a criação do filme a mãos capazes. Quando o produtor e co-roteirista Karey Kirkpatrick (“Os Sem-Floresta” e “O Guia do Mochileiro das Galáxias“) foi abordado pela primeira vez para ajudar a adaptar os livros em um roteiro de cinema, ele imediatamente os leu para os filhos a fim de sentir a reação deles. “Meus filhos ficaram cativados pelas histórias e possibilidade de eu estar, de alguma forma, envolvido com aquilo”, conta Kirkpatrick. Na hora de escolher um diretor, Mark Waters ("E Se Fosse Verdade", "Meninas Malvadas" e "Sexta-Feira Muito Louca"), especializado em comédias contemporâneas, poderia parecer uma opção inusitada para o material, mas Mark Canton deliberadamente o convidou porque ele era capaz de fundamentar todos os elementos fantasiosos em uma realidade palpável.

Chega de Saudade (2007)
Durante uma única noite, num clube de dança em São Paulo, os dramas e as alegrias de cinco núcleos de personagens freqüentadores do baile Chega de Saudade. Laís Bodanzky demorou sete anos desde O Bicho de Sete Cabeças para lançar seu segundo longa-metragem. Mas a espera foi plenamente justificada. A cineasta não decepciona em seu segundo trabalho e entrega um dos melhores filmes nacionais recentes. A história é ambientada durante uma única noite de baile, num clube de dança em São Paulo. A trama começa ainda com a luz do sol, quando o salão começa sua preparação para abrir as portas, e termina ao final do baile, quando o último freqüentador desce a escada e o luminoso se apaga. Nesse universo encapsulado entre paredes repletas de folhetos e fotografias desbotadas, acompanhamos grupos de personagens que circulam pela pista.

Delírios (2006)
Depois de uma rápida troca de favores, o mendigo Toby fica amigo do paparazzo Les Galantine, que dá casa ao sem-teto enquanto este se oferece para ser assistente do fotógrafo. Tudo ia bem até que Toby se aproxima da cantora pop K'Harma. Meteoricamente, uma diretora de casting descobre em Toby um promissor astro. Nessa história, Les fica para trás, e a amizade dos dois é posta em risco. Se você não suporta mais saber de celebridades e paparazzi, não é o filme Delírios (Delirious, 2006), com sua ironia de mentirinha, que vai vingá-lo. A comédia dramática de Tom DiCillo se aproxima do tema prometendo subvertê-lo, mas no final apenas corrobora o mundinho das estrelas. O título, em si, é uma ironia, como se esse conto-de-fadas do sem-teto fosse apenas um delírio de fama, mas o que se vê na tela é a consumação do sonho de estrelato. Delírios é o típico filme de uma piada só que não consegue se desvincilhar do status quo - seja o status quo do assunto que aborda, seja o status quo das fórmulas de cinema.

Não Estou Lá (2007)
A atriz Cate Blanchet vive uma das seis etapas da vida do cantor Bob Dylan em "I'm Not There", filme no qual seis atores diferentes interpretam o lendário cantor americano. O longa, inspirado na poética de Dylan, tem narração não-linear e mostra diversos eventos da vida do músico que o influenciaram em suas composições. Da infância, interpretada pelo garoto negro Marcus Carl Franklin aos anos 60 (período de Cate Blanchet), quando incorporou uma banda de rock e foi chamado de taidor da música Folk. Aclamado no festival de Veneza deste ano, onde teve sua estréia mundial, o filme tem sido elogiado pela ousadia e pelas belas cenas. Dylan, um dos mais importantes cantores da música pop, influenciou gerações de grupos, como os Rolling Stones, Beatles, entre outros e já foi tema de outros filmes, como os documentários No Direction Home, de Martin Scorsese (2005), e Don't Look Back, de D.A. Pennebaker, (1967). Uma das interpretações mais originais nesse inusitado formato deu a Cate Blanchett – no filme morena, com cabelos cacheados e de óculos escuros – o Copa Volpi de melhor atriz no festival de Veneza 2007. A produção também conquistou o Prêmio Especial do Júri e o “CinemAvvenire”, dedicado a produções inovadoras que apontam o futuro do cinema. Em outra escolha curiosa, o jovem aventureiro Dylan é vivido pelo garoto negro Marcus Carl Franklin. A trilha sonora recorre a versões originais e a covers do bardo, incluindo do hit “Like a Rolling Stone”.

Um Amor de Tesouro (2008)
Kate Hudson e Mattew McConaughey são estrelas de mais uma comédia romântica, "Um Amor de Tesouro". O filme marca o retorno da parceria de "Como Perder um Homem em 10 Dias" (2003). Dirigido por Andy Tenant ("Hitch - O Conselheiro Amoroso"), o filme acompanha um casal de caçadores de tesouros que decide se separar depois de oito anos juntos. Ben "Finn" Finnegan (Matthew McConaughey) é um surfista obcecado por sua busca a um lendário tesouro perdido no mar desde 1715. Em sua procura, ele deixa de lado tudo que é importante em sua vida, incluindo seu casamento com Tess Finnegan (Kate Hudson). Quando está prestes a assinar os papéis do divórcio, Tess recebe o convite de Finn de acompanhá-lo em uma última aventura. Ele descobriu uma pista importante que pode levá-lo ao tão sonhado tesouro. Tess passa ajudá-lo e a caça ao tesouro os leva a redescobrir o amor que os uniu. Entretanto, outras pessoas estão interessadas em achar a fortuna. Em entrevista ao programa de televisão Daily Ten, Kate Hudson contou que ela e McConaughey têm uma química muito forte. "Conseguimos transmitir isso em nossos trabalhos juntos. Nos gostamos, embora às vezes não nos suportamos, somos como dois irmãos, essa é a verdade", comentou a atriz. Kate Hudson contou que seus seios foram aumentados no pôster do filme "Um Amor de Tesouro", de acordo com o jornal The Sun. "Esses não são meus seios. Meus seios não são tão grandes. No pôster, eles parecem perfeitos, estão maravilhosos", disse ela.