terça-feira, 23 de setembro de 2008

Estréias da Semana no Cinema Brasileiro (19/09)

Branca de Neve Depois do Casamento (Blanche-Neige, la Suite)
(Inglaterra/Bélgica/França/Polônia - 2007 - 82 min. - Animação/Comédia - Picha)

Relembrando: a Branca de Neve foi ressuscitada com um beijo do Príncipe Encantado. Depois disso, segundo as histórias de então, tiveram muitos filhos e foram felizes para sempre. Isso, convenhamos, é um tanto prematuro. Lembrando mais uma vez, eles se casam... e logo depois? Depois, uma pseudo Fada Boa aparece no pedaço em busca do Príncipe Encanto e, sem nada lhe dizer, o enfeitiça. A mágica tem um revés e pronto, eis que surge a Bela Adormecida, ainda dormindo. O príncipe, obsequioso, acorda-a com um beijo. Erro funesto. A partir daí, nada mais acontece como deveria: a caça à Branca de Neve é declarada aberta, Cinderela saltita descalça, os Sete Anões se enervam e um ogro subnutrido põe suas patas nos pratos alheios. Todos os contos de fada desatam sem controle. E depois? Depois é ainda pior...


Brigada Pára-Quedista
(
Brigada Pára-Quedista)
(Brasil - 2007 - 74 min. - Documentário - Evaldo Mocarzel)

A rotina na Brigada de Infantaria Pára-Quedista, tropa de elite do Exército instalada na Vila Militar, em Deodoro, zona norte do Rio de Janeiro. Acompanha o cotidiano na caserna: a ginástica pela manhã, os treinamentos de guerra, os testes físicos na chamada área de estágio, a dobragem dos pára-quedas, a preparação para os saltos, a ansiedade dos jovens soldados, a entrada nos aviões, o mergulho no céu e a cerimônia de formatura. Mostra ainda a visão que os militares têm do próprio cinema e dos filmes de guerra. Vários pára-quedistas se tornam fotógrafos e cinegrafistas e desenvolvem técnicas inusitadas para registrar as arriscadas e espetaculares cenas de salto em regiões inóspitas como a selva amazônica. Empregam-se técnicas como a utilização de miras de canhão em filmagens de salto livre e até mesmo o uso de chupeta de bebê adaptada no céu-da-boca do pára-quedista para que os disparos da câmera sejam acionados com a língua. Como esses soldados vêem a espetacularização dos combates feita por tantos filmes norte-americanos que glorificam a violência? Como os veteranos da Brigada Pára-Quedista analisam clássicos da História do Cinema como A Grande Ilusão, de Jean Renoir? O que os jovens recrutas, que estão suportando a pressão psicológica e a exaustão física dos treinamentos para se tornarem pára-quedistas, pensam de filmes pacifistas como Nascido para Matar, de Stanley Kubrick?


Cana Quente
(
Cana Quente)
(Brasil - 2008 - 80 min. - Drama - Luiz Alberto Zakir)

Sedutor cortador de cana do interior de São Paulo se torna o principal suspeito do misterioso assassinato de uma jovem. Seu envolvimento com duas mulheres poderosas da região acaba por gerar conflitos ainda mais tensos e complicar sua situação jurídica.


Casa da Mãe Joana
(Casa da Mãe Joana)
(Brasil - 2008 - 95 min. - Comédia - Hugo Carvana)

O filme conta a história de quatro amigos, vagabundos por ideologia e farristas por natureza , que transformam o apartamento onde moram numa república da alegria e da irreverência, longe das agruras deste insensato mundo. O filme começa com nossos quatro mosqueteiros aplicando um golpe numa joalheria. Vavá, o mais novo dos quatro e mentor do golpe, foge com o dinheiro do grupo deixando os amigos duros e furibundos. E todos se vêem diante da ameaça de serem despejados e obrigados a fazer aquilo que mais abominam: TRABALHAR! Cada um busca um meio de conseguir dinheiro. PR que foi galã na juventude, vira “coroa de programa”, colocando anúncios em jornais, recebendo as mais diversas e excêntricas clientes. Montanha volta a escrever em jornal com o antigo pseudônimo de Dolores Sol. Juca acaba por se tornar “babá” de um velho travesti octogenário que, apesar de estar preso a uma cadeira de rodas, continua soltando a franga. A filha de Juca, uma jovem tão louca quanto o pai, integrante de um banda Punk Rock também resolve passar uns dias no apartamento, levando todos à loucura com sua bateria, para desespero de Juca. Montanha, em meio a uma crise de criação, começa a ser assediado por Dolores Sol, seu alter-ego feminino que surge no meio de um pileque e passa a assombrá-lo como um fantasma, levando-o quase à loucura. Os dias passam, as confusões aumentam, o dinheiro não aparece e cresce a incerteza: conseguirão o três amigos salvar o apartamento?


Missão Babilônia
(Babylon A.D.)
(EUA/França - 2008 - 90 min. - Ficção Científica - Mathieu Kassovitz)

Um matador de aluguel é contratado para transportar uma "encomenda" - uma garota inocente, criada num mosteiro - dos destroços de uma paisagem pós-apocalíptica no Leste Europeu para a agitada metrópole Nova York. Mas a tarefa está longe de ser um trabalho típico para esse mercenário durão, pois quando ele, a moça e seu temeroso guardião iniciam a viagem de 9.600 quilômetros, são ameaçados por uma seita religiosa que demonstra um especial interesse na jovem - que pode ter o segredo para a salvação da humanidade. EXTRAS: "Missão Babilônia" enfrentoU uma série de problemas durante suas filmagens. Depois das nevascas que obrigaram a equipe a filmar na Suécia, os constantes desacertos entre o ator e o diretor Mathieu Kassovitz fizeram com que o filme ficasse “três semanas atrasado e com o orçamento estourado”, de acordo com o produtor Alain Goldman, que credita os problemas à briga de egos entre Kassovitz e Diesel. As filmagens chegaram a ser interrompidas por duas semanas por causa de uma crise nervosa do diretor. Fontes também afirmam que Diesel chega constantemente atrasado aos sets e que seu empresário teve que viajar até a República Tcheca, onde as filmagens aconteciam, três ou quatro vezes, para acalmar o astro.


Nem por Cima do Meu Cadáver
(Over Her Dead Body)
(EUA - 2008 - 95 min. - Comédia Romântica - Jeff Lowell)

É o dia do casamento de Henry (Paul Rudd) e Kate (Eva Longoria Parker). A noiva, em vez de cuidar dos últimos preparativos para ficar com uma aparência indefectível, usa o seu perfeccionismo para supervisionar todos os passos da cerimônia. Preocupada com o conforto de todos e os mínimos detalhes da arrumação da festa, ela é vítima de um incidente com uma estátua de gelo em forma de anjo e acaba morrendo ali mesmo. O tempo passa e Henry ainda está inconformado por ter perdido a namorada. Chega o momento em que sua irmã, Chloe, começa a convencê-lo que chegou o momento de recomeçar e o estimula a ter novas relações. Ainda de luto, tudo o que a jovem consegue é fazer com que Henry visite a paranormal Ashley. A convivência entre Henry e Ashley logo faz com que eles se apaixonem. Mesmo sem saber nada sobre o trabalho de sensitiva que tenta fazer, um problema de outro mundo aparece para atormentar a jovem: o fantasma da antiga noiva. O espírito de Kate passa a perturbar a paz dos namorados e fará tudo para sabotar o romance dos dois.


Violência Gratuita
(Funny Games)
(EUA/França/ReinoUnido - 2007 - 111 min. - Thriller - Michael Haneke)

O longa é estrelado pelos atores Tim Roth (“Pulp Fiction – Tempos de Violência”) e Naomi Watts (“King Kong”). A trama envolve a dona de casa de classe média Anna (Watts), seu marido George (Roth) e seu filho de 10 anos de idade Georgie. A família vai passar um fim de semana de feriado em uma casa de veraneio isolada, perto de um lago. O casal é aterrorizado por dois inesperados visitantes: os jovens psicopatas Peter (Brady Corbet, de “Os Thunderbirds”) e Paul (Michael Pitt, de “Cálculo Mortal”) que os fazem de reféns, utilizando a família em uma espécie de jogo sádico, violento e doentio. “Funny Games” foi escrito e dirigido pelo australiano Michael Haneke (“Cachê”), que também foi o diretor do filme homônimo lançado em 1997. A produtora Linda Moran comentou sobre a produção. Segundo ela, poucos elementos do original foram modificados no remake. “É literalmente uma refilmagem quadro-a-quadro. Por isso, não mudamos o final ou coisa parecida. Na verdade, os desenhos da casa do primeiro foram utilizados no novo projeto e construímos um set com as mesmas proporções do original”, declarou Moran. De acordo com a produtora, a fotografia sofreu algumas modificações. “No trabalho do diretor de fotografia Darius Khondji, que colaborou em ‘Se7en – Os Sete Crimes Capitais’, as imagens estão mais ricas, ao contrário do original que era realmente obscuro”.